Estudante estava a 115 Km/h

Em uma reviravolta no caso sobre a morte de , em um acidente de trânsito no dia 2 de novembro de 2017, na Avenida Afonso Pena, o MPE (Ministério Público Estadual) em decisão enviada no dia 18 de janeiro para o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1º Vara do Tribunal do Júri, alega que não houve ‘dolo' do acidente que vitimou Carolina.

De acordo com o MPE durante as várias diligências, depoimentos colhidos e resultados de exames periciais, chegou-se ao entendimento que ‘não houve elementos suficientes que caracterizem o animus necandi na conduta do indiciado', ou seja, não teria ocorrido crime doloso contra a vida, já que o estudante não teria tido a intenção de matar depois da advogada ‘furar' o sinal vermelho na avenida.

A análise feita pelo Ministério Público ainda concluiu que seria necessário a ocorrência de outros elementos para a ocorrência de dolo eventual, não se verificando conduta dolosa de terceiro.

Ainda é lembrado pelo MPE que no dia do acidente Carolina que estava na companhia de seu filho teria passado no sinal vermelho ao fazer uma conversão ao entrar a esquerda na Avenida Afonso Pena avançando na via.

Laudos da Polícia Civil atestaram que o estudante de medicina João Pedro de Miranda de 23 anos estava a 115 KM/h e embriagado, enquanto a advogada estava trafegando a 30 Km/h, no momento da colisão.

Após o envio da decisão do MPE ao juiz, na última segunda-feira (22) foi decidido que o processo será redistribuído para uma das Varas Criminais, além da dilação de prazos para a conclusão do processo.MP alega que estudante não teve 'intenção' de matar, já que Carolina teria 'furado' sinal

Fraude processual

João Pedro ainda estava sendo investigado por outro acidente que aconteceu em janeiro de 2017, onde feriu cinco pessoas. A época, o pai do estudante teria assumido a culpa pelo acidente.

Mas, na última semana a polícia concluiu o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência). Na ação, ele era investigado por provocar na rotatória da Avenida Tamandaré e Euler de Azevedo, em , e fugir do local sem prestar socorro às vítimas. Dois meses depois, em Boletim de Ocorrência registrado, é o pai do acadêmico que assume a culpa pelo acidente e se apresenta como o condutor da caminhonete que provocou a batida, versão contrariada por testemunhas e palas vítimas.

“Na época o pai dele se apresentou e disse que estava dirigindo o carro. Foi aberto TCO e encaminhado para o Juizado, porém, depois descobrimos que na verdade não era o pai do João Pedro, mas sim ele que conduzia o automóvel, e todas as testemunhas confirmaram isso”, explicou a delegada Cristiane Grossi, responsável pelo caso.

A investigação complementar concluiu que pai e filho mentiram sobre a autoria do acidente de janeiro. O processo será encaminhado ao juizado que determinará as próximas etapas do processo.

 

(Colaborou Jéssica Benitez)