Ação quer bloqueio de bens para ressarcir consumidores

O titular da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, que atua na defesa do consumidor, declarou que as investigações do MPE (Ministério Público Estadual) contra a empresa Minerworld ganharam força após as denúncias de calote – desde outubro de 2017, a empresa interrompeu os repasses de rendimentos supostamente decorrentes da mineração de bitcoins, atividade que a empresa afirmava executar.

“Havia um anúncio de mineração que não ocorria de fato. O que ocorria era a pirâmide financeira. O ramo de mineração de bitcoins é algo muito novo, atrativo e serviu mais como chamariz do que serviço prestado”, aponta o promotor, que também destacou que o desmoronamento da empresa foi fundamental para caracterizar operação em pirâmide financeira. “Já há caracterização de pirâmide financeira e a saúde financeira debilitada das empresas é notória, não havendo dúvidas da lesão aos consumidores”, destaca o promotor.

Lucro Fácil: Investigação contra Minerworld ganhou força após calotes

Durante a operação Lucro Fácil, do Gaeco, cujo processo de busca e apreensão nos endereços vinculados à empresa durou poucos minutos, foram apreendidos laptops, documentos, agendas, cadernos e todo o material de interesse para a ação civil pública.

Operação Lucro Fácil

O alvo da operação Lucro Fácil, deflagrada nesta manhã (17) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foi a empresa Minerworld, investigada por suspeita de crime contra a economia popular. Ao todo, de acordo com o Gaeco, foram oito mandados de busca e apreensão em Campo Grande e São Paulo, expedidos pela Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, em ação civil pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor.

O Gaeco fez busca e apreensão nas sedes das empresas Minerworlds, Bit Ofertas e Bitpago, em Campo Grande, além das residências dos sócios, Cícero Saad e Johnnes Carvalho.