Pular para o conteúdo
Polícia

28 policiais alvos da operação Oiketicus são denunciados pelo Gaeco

Denúncia foi recebida pela Justiça Militar
Arquivo -

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado () de Mato Grosso do Sul denunciou 28 dos 29 policiais presos durante as duas fases da operação Oiketicus, que investiga a atuação de policiais para garantir a livre movimentação da chamada “Máfia do Cigarro”. Ricardo Campos Figueiredo não entrou na lista pois está preso por obstrução de justiça, já que quebrou celulares que seriam levados como prova.

Os policiais denunciados pelo grupo são Admilson Cristaldo Barbosa, Alisson José Carvalho de Almeida, Anderson Gonçalves de Souza, Angelucio Recalde Paniagua, Aparecido Cristiano Fialho, Claudomiro de Goes Souza, Claiton de Azevedo, Clodoaldo Casanova Ajala, Elvio Barbosa Romeiro, Erick dos Santos Ossuna, Francisco Novaes, Ivan Edemilson Cabanhe, Jhondnei Aguilera, Kelson Augusto Brito Ujakov, Kleber da Costa Ferreira, Lindomar Espindola da Silva, Lisberto Sebastião de Lima, Luciano Espindola da Silva, Maira Aparecida Torres Martins, Marcelo de Souza Lopes, Nazário da Silva, Nestor Bogado Filho, Nilson Procedônio Espíndola, Oscar Leite Ribeiro, Roni Lima Rios, Salvador Soares Borges, Valdson Gomes de Pinho e Wagner Nunes Pereira.

Os crimes apontados no documento datado de 4 de junho são de corrupção passiva, cuja previsão de pena é 12 anos de prisão mais multa, e organização criminosa que, segundo a lei 12.850/2013, pode ter pena de até 8 anos de reclusão.

A denúncia foi oferecida à Junta Militar, que, na próxima segunda-feira (18), irá se reunir para avaliar as denúncias e decidir sobre o início das ações penais.

Máfia dos cigarreiros

Em abril de 2017, a corregedoria da Polícia Militar denunciou sobre determinada “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa“. A situação foi confirmada pelos promotores que verificaram a associação de militares, de diferentes patentes e regiões do Estado, para facilitar o contrabando.

Segundo investigação, os policiais recebiam dinheiro em troca de facilitação, inclusive ao prestarem informações aos contrabandistas. Em algumas situações, as fiscalizações sequer eram feitas e as cargas de cigarro contrabandeado “passavam batido”.

Operação

A megaoperação contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de , Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, , Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

Todas as cidades fazem parte da chamada ‘rota cigarreira’, que integra rodovias, estradas e cabriteiras usadas para transportar cigarros produzidos no Paraguai e vendidos ilegalmente nas ruas de cidades brasileiras a preços bem menores que os oficiais, por não pagar impostos.

Dentre os policiais militares presos, estão praças e oficiais. Após a realização dos procedimentos de praxe e eventuais lavraturas de autos de prisão em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar, serão encaminhados ao presídio militar de Campo Grande.

Patrimônio duvidoso

O caso mais gritante apontado pelos promotores foi de um cabo da PM lotado no 12º Batalhão de Naviraí que, segundo informações do Gaeco, recebia aproximadamente R$ 3 mil por semana, incompatível com o salário recebido pelos PMs, de R$ 4,4 mil.

O cabo, conforme apurado durante investigação, somava um patrimônio de R$ 7 milhões, valor muito maior que seu salário permitiria juntar. Entretanto, o policial utilizava uma concessionaria de carros como fachada para justifica o dinheiro percebido. Para Gaeco, a garagem servia para lavagem de dinheiro.

 

 

 

 

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Justiça ouvirá influenciador que atropelou noivo no dia do casamento

Está na lista? Prefeitura divulga resultado de seleção com 226 vagas nas áreas da saúde e direito

onça que matou caseiro batizada nome

Em seu novo lar, onça que devorou caseiro é batizada com nome ‘de peso’

Com 235 esperando vaga, público vacinado não chega a 50% em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

VÍDEO: PF mira fraudes de mais de R$ 20 milhões em contratos da educação em MS

cedraz ministro tcu

Ministro do TCU destaca incertezas em proposta de leilão da BR-163 e histórico falho da CCR

Prefeita Adriane Lopes

Com voto do relator pela absolvição, julgamento da chapa de Adriane fica para semana que vem

Cármen Lúcia denuncia racismo sofrido por ministra do TSE

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Após meses de ‘encontros, prosas e produção’, voluntárias entregam 1.340 peças de inverno

Projeto completa 25 anos este ano e, não só aquece, como leva carinho para crianças e idosos

Cotidiano

Previsão de tempestade deixa 11 cidades de MS em alerta; confira

A previsão indica tempestades entre 20 e 30 mm e ventos intensos até 60 km/h

Famosos

Jojo Todynho desiste de adoção de menino angolano: ‘Não tive coragem’

Jojo Todynho pegou os fãs de surpresa ao revelar que desistiu da adoção de Francisco, menino que conheceu na Angola; entenda o que rolou

Transparência

Promotoria vai acompanhar mudança de unidade psiquiátrica para “puxadinho” de CAPS na Capital

A investigação busca garantir a continuidade e a qualidade do atendimento a pessoas com transtornos mentais graves