Foram encontrados 443 celulares a mais que em 2015

Em 2016 foram apreendidos 2916 celulares nas vistoria em visitantes e operações pente-fino nos presídios de Mato Grosso do Sul. Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) o número é maior que o registrado no ano passado, quando 2473 celulares foram encontrados e praticamente o dobro de 2014, que teve 1474 apreensões.

Além dos celulares, foram apreendidos 3161 acessórios para celulares, como carregadores, chips e outros componentes.  “Muitos dos celulares e acessórios são apreendidos antes de chegar às mãos dos internos, interceptados nas revistas de visitantes e recolhidos nos pátios quando arremessados pelos muros”, informa o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia. Segundo ele, a aparelhagem das unidades penais, com portais detectores e esteiras de raio x, também contribuem para o êxito das apreensões.

 

 

 

Segundo Stropa, muitos dos itens proibidos chegam aos detentos devido às dificuldades de revistas diante do grande número de visitantes aos finais de semana, que chega a cerca de 4 mil pessoas em todo o Estado. além disso, familiares e pessoas ligadas aos custodiados arremessam objetos sobre os muros das unidades penais, o que é facilitado por causa da urbanização em torno dos presídios. “O que impõe aos nossos agentes uma constante vigilância para conseguir resgatá-los antes dos detentos”, comenta.

Armas artesanais também foram encontradas, totalizando 260 itens como ferros pontiagudos retirados da própria estrutura das celas. “Não podemos baixar guarda nenhum dia pois as artimanhas são várias”, destaca o dirigente.

As operações também interceptam entorpecentes, entre eles cerca de 77,7 Kg de maconha, 2,17 kg de cocaína, 27 gramas de pasta base e 2 gramas de haxixe. Outras 396 porções de maconha e 10 papelotes de cocaína, cujos pesos não foram informados também foram apreendidas por agentes. Somam-se a isso, outros 248,3 litros de bebidas artesanais, confeccionadas por internos a partir de restos de alimentos.

Para o diretor-presidente da Agepen, as operações precisam ser constantes no sistema penitenciário do Estado, seja não permitindo a entrada, seja realizando rotineiramente vistorias pontuais em celas ou mesmo operações pente-fino.