Motorista está em estado grave
Leitores do Jornal Midiamax que testemunharam briga de trânsito que resultou no atropelamento de um homem na noite desta quinta-feira (3), contestam versão de que a vítima teria dado um soco no capô do carro do militar do Corpo de Bombeiros, apontado como autor do atropelamento. O motorista ferido segue internado em estado grave.
De acordo com informações de testemunhas, logo depois de ter o carro fechado pela vítima, o militar teria se exaltado. Durante a discussão, o militar teria irritado e então atropelado o motorista.“Não existiu soco no capô do carro. Ele [militar] estava muito bravo e atropelou o rapaz”, disse uma vítima que não quis se identificar.
Conforme uma testemunha que saia de uma academia que fica na região onde o caso aconteceu, uma criança estaria dentro do carro do motorista que foi atropelado e presenciou toda a confusão.
Relatos dão conta ainda de que após o atropelamento, o militar teria feito uma manobra para tentar fugir do local, porém, bateu em um veículo que passava pela Rua Joaquim Murtinho, e foi impedido de sair por causa do novo acidente.
A assessoria de comunicação da Santa Casa informou que o estado de saúde do motorista é grave. Ele teve traumatismo craniano, está entubado e em coma induzido.
O Comando do Corpo de Bombeiro ainda não se pronunciou sobre o caso, porém informou que ainda hoje deve emitir nota comentando o assunto.
O caso
Um acidente de trânsito acabou em confusão e atropelamento na noite desta quinta-feira (3), na Rua Joaquim Murtinho com a Rua Nova Era, em Campo Grande. Um militar do Corpo de Bombeiros teria atropelado um homem durante a confusão.
Por volta das 20 horas desta quinta-feira (3), houve a confusão quando os carros, do militar e da vítima, se envolveram em um acidente. Teria começado a discussão entre os homens, sendo que o outro envolvido teria descido do veículo e desferido um soco no capô do carro do militar.
Momento em que o bombeiro deu ré e atropelou o homem, e um terceiro carro acabou colidindo com o veículo do militar. Ele chamou o socorro para a vítima que foi levada para a Santa Casa de Campo Grande em estado grave.
Segundo o delegado Enilton Zalla houve intenção clara do militar do Corpo de Bombeiros provocar lesão na vítima e o caso foi registrado como lesão corporal dolosa e ameaça.