Entidade dos trabalhadores disse que 

O número de roubos e furtos em pontos do transporte público, registrados em delegacias de Campo Grande, são mais comuns do que parecem. Apesar da quantidade, inclusive, noticiada pelo Jornal Midiamax, o portal de estatística da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), não dispõe de números específicos para crimes praticados em pontos de ônibus ou dentro de coletivos.

E o sindicato dos motoristas minimizou o caso do coletivo atingido por tiros, nesta quinta-feira (6). Segundo a entidade que tem obrigação oficial de representar e defender o interesse dos trabalhadores, o episódio de violência enfrentado pelo trabalhador ‘é caso isolado’. Os números, no entanto, mostram ataques comuns na rotina de quem trabalha e usa o transporte coletivo em Campo Grande.

Entre fevereiro e janeiro, o Jornal Midiamax publicou diversos arrastões feitos por duplas armadas, em pontos de ônibus na Vila Cidade Morena, Residêncial União, Vila Rica e região da Avenida Euler de Azevedo. O modo de agir ocorre sempre da mesma forma e com o uso de uma motocicleta para a fuga.

Já na noite desta quinta-feira (6), um transporte coletivo da Viação Cidade Morena foi alvo de uma dupla armada, em Campo Grande, na Lagoa Dourada, próximo a Três Barras. Eles dispararam tiros contra o coletivo, que tinha 35 passageiros.  Assim que o veículo foi atingido o motorista acelerou e fugiu, por sorte, ninguém se feriu.

Conforme as estatísticas online da Sejusp, em janeiro foram registrados 654 roubos, em fevereiro 539, e em março 667. Só em abril, 111 roubos já foram registrados, totalizando 1960 roubos, do início do ano até agora. 

Houve redução, comparado ao mesmo período de 2016, quando janeiro fechou com 687 registros, fevereiro com 593, março com 595 e abril com 185, totalizando 2060 registros de roubo.

Para o secretário do STTCU/CG (Sindicato de Trabalhadores de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Cláudio Soares, não há registro de aumento de violência, tendo em vista, que os próprios trabalhadores não formalizam denúncias ou reclamações.

“O sindicato não tem uma estatística de aumento de violência, até porque os trabalhadores não reclamaram. Esse coletivo atingido por tiros foi um caso isolado, ainda bem”, disse.