Caso aconteceu em dezembro de 2015 

Um dos policiais militares presos no sábado (2) sob suspeita de cobrar R$ 150 mil de propina, já respondeu por abuso de autoridade e tortura em um processo instaurado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) em 2016.  

De acordo com os autos, dois militares são suspeitos de agredir um homem a mando do antigo casal de patrões da vítima. De acordo com a investigação, o rapaz teria tido a casa invadida no dia 31 de dezembro de 2015, e sido agredido pelos militares.

O motivo seria uma dívida de R$ 720 em serviços prestados informalmente. O casal se recusaram a pagar o valor, porém, era constantemente cobrado pela vítima, o que gerou desentendimento entre ex-empregado e ex-patrões.  

As investigações dão conta de que no dia da agressão, o pai da vítima teria tentado defender o filho, mas foi informado pelos militares que aquele seria um “recado” do casal para o jovem. Os policiais ainda teriam ameaçado matar o pai do rapaz e plantar droga em sua residência caso alguém fosse informado das agressões.

Procedimento administrativo foi aberto na Corregedoria da Polícia Militar e no MPE-MS para que o caso fosse investigado.

Cobrança de Propina

No último sábado (2) dois militares, entre eles o investigado por tortura, foram presos pela suspeita da cobrança de R$ 150 mil para a liberação de um caminhão com carga de cigarros contrabandeados do Paraguai. Eles foram detidos em uma ação da polícia com equipes do Batalhão de Choque.Preso por propina, PM já respondeu por abuso de autoridade e tortura

O caminhão que estava com a carga de cigarros foi levado para o pátio da Superintendência da Polícia Federal.

De acordo com coronel da Polícia Militar, os dois policiais estão sendo autuados na Corregedoria para que o caso seja investigado. Detalhes sobre a investigação não serão divulgados para não atrapalhar o andamento da apuração dos fatos.

*Matéria editada às 9h56 para correção de informações