Operação contra PCC em SP prende 2 responsáveis pelo tráfico e ‘tribunais do crime’

Foi desarticulada apenas1 célula, mas polícia acredita em, pelo menos, outras 5

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Foi desarticulada apenas1 célula, mas polícia acredita em, pelo menos, outras 5

O libanês Mohamad Hassan Atris, conhecido como “Hesbolah”, e Michel Ferreira Barbosa, o Gordão, foram presos nesta segunda-feira (15), durante Operação Inconfidência Mineira, que desarticulou uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC). A dupla possui posição de alta patente na facção criminosa e, agora, se junta a outras 7 pessoas que já cumpriam pena, conforme Adilson Aquino, delegado titular da Seccional de Guarulhos.

A célula atuava em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo e o nome da operação se refere ao bairro onde ela ocorreu, que leva o nome do líder da Inconfidência Mineira.

De acordo com a Agência Brasil, o assistente do 4º Distrito Policial de Guarulhos, Fernando Santiago, informou que o libanês ocupava uma posição de destaque no PCC da zona leste e era responsável por comandar as “biqueiras” ou pontos de tráfico. Ele fazia parte da “sintonia de progresso”, que é a denominação utilizada pela facção para tráfico de drogas.

Já Gordão tinha envolvimento com roubo a bancos, lojas e carros-fortes e fazia parte também da “sintonia de disciplina”, responsável pelos julgamentos de integrantes do PCC nos tribunais do crime.

A operação pretendia cumprir 87 mandados judiciais, sendo 56 de busca e apreensão e 31 de prisão temporária. Como apenas nove pessoas estão presas, 22 são consideradas foragidas. Na operação, foram apreendidos computadores, celulares, a chave de um veículo, quatro tijolos de maconha e muitas cartas, em que integrantes do PCC pediam ajuda financeira a outros membros da facção.

“Hoje conseguimos mais provas que vão permitir, com a análise da inteligência, podermos atacar essa organização criminosa”, disse Aquino. “Creio que tivemos um resultado positivo. Talvez não com o número de prisões que esperávamos, mas ela [a operação] foi muito importante no sentido de encaminharmos mais provas e documentos que vão permitir um refino de informações”, acrescentou.

As investigações tiveram início em maio do ano passado com a prisão de dois “sintonias” (membros de destaque) do PCC. Com a prisão desses dois membros do PCC, que faziam parte da “sintonia de cadastro” (responsável pelo cadastro dos membros da facção criminosa), a polícia obteve nomes de diversos integrantes, culminando na operação que foi desencadeada hoje.

Operação contra PCC em SP prende 2 responsáveis pelo tráfico e ‘tribunais do crime’

“O inquérito policial investiga o crime de organização criminosa. Mas temos também os crimes acessórios praticados por ela, como os crimes de tráfico de drogas e roubo. Uma coisa que também foi investigada nos autos foram os braços financeiros dessa organização criminosa”, falou Santiago.

A operação foi desencadeada com a união de diversos órgãos, como o Ministério Público estadual, o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo e capital (Demarco e Decap), além de policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

A polícia não informou quanto a organização movimentava em drogas e dinheiro em Cidade Tiradentes.

 

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