Polícia tenta agora recuperar dados do celular

Após o acidente que acabou na morte da advogada Carolina Albuquerque, no dia 2 de novembro, a polícia tenta recuperar o histórico das chamadas e ligações feitas no dia do acidente, que foram apagadas remotamente pelo acadêmico.

O delegado que cuida do caso Geraldo Marim disse ao Jornal Midiamax que agora tenta recuperar o histórico do celular, que foi apagado remotamente por João Pedro Miranda, de 23 anos. “Esperamos agora recuperar o histórico para saber com quem ele falou no dia do acidente”, fala Marim, que ainda disse esperar pelos resultados dos laudos.

Ainda de acordo com o delegado os policiais e atendentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que fizeram o socorro no dia do acidente serão chamados para depor, assim como, o irmão do estudante que estava com ele na camionete Nissan Frontier.

João Pedro Miranda de 23 anos irá ser indiciado por homicídio doloso. Ele deixou a cadeia no dia 6 deste mês, após pagar uma fiança de R$ 50 mil, e colocar uma tornozeleira eletrônica para seu monitoramento.

Ele também teve de entregar o passaporte, e sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) foi suspensa, como também não pode deixar a cidade sem permissão e ainda terá de se apresentar mensalmente à Justiça.Estudante que matou advogada no trânsito apagou dados de iPhone

O acidente

O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. A advogada teria passado o sinal vermelho depois da meia noite, sendo atingida pela camionete do estudante.

Com o impacto, o carro de Carolina foi arrastado por aproximadamente 100 metros. Ela morreu no local. O filho da advogada, de 3 anos, teve fratura na clavícula e ficou quatro dias internado na Santa Casa de Campo Grande.

Após dois dias foragido, João Pedro se entregou e teria dito ao delegado que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.

João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.

Fraude Processual

João Pedro ainda pode responder por fraude processual de um acidente ocorrido no início do ano em que o pai do estudante teria ‘assumido’ a culpa. O acidente teria acontecido na rotatória da Avenida Tamandaré e Euler de Azevedo.

Segundo a delegada Cristiane Grossi de Araújo da 7º delegacia de polícia, as investigações sobre uma possível fraude serão feitas e não há dia para que o pai de João Pedro seja ouvido para esclarecimentos do caso.