Alunas teriam se oferecido para depor a favor do foragido
Alunas do professor de dança suspeito de estuprar sete estudantes, teriam se mobilizado em favor do coreógrafo foragido desde o último dia 6, quando teve prisão decretada. De acordo com a defesa do suspeito, diversas bailarinas e os pais delas, se ofereceram para depor a favor do foragido.
“Ele é um profissional respeitado e por isso, várias alunas e os pais delas também se colocaram a disposição para ir à delegacia falar sobre a conduta dele. Ninguém foi ainda porque é preciso aguardar o momento oportuno, já que até o momento nem mesmo ele foi ouvido”, afirma a advogada Luciana Ghattas.
De acordo com a advogada, o professor está “estarrecido” com a acusação contra ele e teme que a proporção que o caso tomou interfira em sua carreira profissional. “Medo pela carreira qualquer um teria, mas ele não vai deixar de fazer o que faz, e tem muitas alunas que estão aguardando a volta dele”, relata.
Na última quarta-feira (18), recurso para tentar revogar a prisão preventiva do professor foi protocolado na Justiça. Agora, a defesa aguarda o resultado do pedido que segundo Luciana Ghattas, deve sair ainda esta semana.
Indiciamento
No dia 1º de setembro de 2017, o professor de dança teve a determinação de indiciamento por estupro e deveria ser ouvido nesta semana. O referido inquérito investiga o crime praticado contra adolescente, no ano de 2015, mas que só foi registrado em setembro de 2016.
O desabafo de uma das vítimas no Facebook, encorajou o surgimento de outros casos. Até agora seis pessoas procuraram a Polícia Civil.
1ª vítima
Adolescente de 16 anos, vítima de abusos no período de 10 a 20 de outubro de 2015. Caso foi o primeiro a ser registrado em uma Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. O inquérito que apura os crimes é coordenado por equipe da Depca e já determinou o indiciamento do suspeito por estupro.
2ª vítima
Adolescente de 16 anos, vítima dos mesmo abusos, registrou boletim de ocorrência em abril de 2017.
3ª vítima
Ex-aluna que usou as redes sociais para relatar estupros praticados pelo dançarino sob ameaça de ser excluída da equipe de dança de um programa de TV regional do qual ele é coreógrafo. Jovem também teria contraído DSTs após abusos sexuais. A publicação viralizou e diante da polêmica o suspeito chegou a registrar um boletim de ocorrência contra a jovem por calúnia.
4ª vítima
Ex-cunhada do professor, que sonhava com a profissão de bailarina e chegou a se mudar para Campo Grande, ainda adolescente, aos 17 anos. Ela passou a morar com a irmã, que era casada com o coreógrafo, e acabou estuprada por ele. Os abusos sexuais e psicológicos teriam ocorrido por três anos, além de agressões físicas que teriam sido presenciadas por outras bailarinas da companhia.
5ª vítima
Bailarina, que hoje tem 25 anos, também foi vítima do professor de dança. Ao Jornal Midiamax, contou que os abusos só teriam parado nos últimos 3 anos que passou na companhia, quando foram entrando novas integrantes, que se tornariam ‘novos alvos’. Ela contou ainda que várias bailarinas da companhia de dança eram constrangidas e obrigadas a manter relações sexuais com ele, inclusive em sessões de sexo a três.
6ª vítima
A sexta vítima, uma adolescente de 15 anos, perdeu até ano escolar devido a noitadas em shows sem pagamento de cachê. Os relatos são da mãe da adolescente, que também se diz vítima, pois na época chegou a ser denunciada no Conselho Tutelar por maus tratos, que nunca ocorreram e nem foram comprovados.
Segundo a genitora, o suspeito incitava o ódio na adolescente e tentava ‘transformá-la’ em uma inimiga para a própria filha. Relato revela meses devastadores, de noites sem dormir e fugas da adolescente, que teriam sido incentivadas pelo professor de dança.