Pedido ainda não foi analisado

A audiência da tentativa de homicídio cometida por Jhonny Celestino Holsback Belluzzo e três amigos, em outubro do ano passado, já tem data marcada: dia 28 de junho. Ainda assim, o dia para que as testemunhas de defesa e acusação sejam ouvidas pode mudar, já que o advogado de um dos envolvidos entrou com pedido de alteração da data.

O pedido de redesignação de audiência partiu dos advogados Renê Siufi e Honório Suguita, responsáveis pela defesa de José Guilherme do Carmo Weiler, de 22 anos, um dos rapazes suspeitos de espancar um jovem de 18 anos na saída de uma festa na Vila Jacy.

A data foi estipulada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, no início deste mês. Nesta terça-feira (16) um documento pedindo pela alteração foi enviado pelos advogados. No texto a explicação é de que outro cliente defendido por eles vai passar por audiência no mesmo dia em que os ‘pitboys’.Defesa de 'pitboys' que espancaram jovem quer adiar depoimento de testemunhas

Segundo a defesa, o outro processo já teve a audiência remarcada e por isso não poderia ser mais uma vez adiada. O pedido ainda não foi analisado pelo juiz.

O caso

As agressões aconteceram depois que os quatro jovens foram avisados que o rapaz de 18 anos havia urinado em dois carros, o de Jhonny e de o de José Guilherme. Mesmo ameaçado pelos conhecidos da dupla, a vítima foi embora andando, na companhia de dois amigos, para a casa de um deles.

Jhonny, José Guilherme, Alessandro Ronaldo Mosca Júnior, 21 anos e Eduardo de Paula Mendonça Filho, 22 anos, foram de carro até a residência onde o rapaz deveria ficar para esperar por ele. Ao ver a movimentação na frente da residência, a vítima correu, mas foi perseguida e alcançada por ‘Coruja’, também denunciado pelo crime.

Ele teria começado as agressões com chutes, até a chegada do Jhonny. A vítima foi atingida por socos, chutes, tapas e chegou a ser arrastada pelo asfalto. José Guilherme também participou da briga e agrediu o rapaz quando ele já estava caído.

Só depois disso, Jhonny aplicou um mata-leão na vítima. A cena foi gravada e nas imagens é possível ver a rapaz inconsciente, mas ainda assim, recebendo golpes na cabeça.

Segundo o MPE, o socorro não foi acionado pelos suspeitos, que tiveram a intensão de matar. Ainda conforme o documento, Jhonny e Alessandro agiram por motivo fútil, de forma excessiva e por isso assumiram o risco não só de matar, como de causar ‘sofrimento desnecessário’ na vítima. Enquanto dos outros José e Eduardo participaram de maneira direta e indireta.

Indenização

A defesa da vítima pediu R$ 120 mil de indenização material e moral. O valor, conforme pedido da defesa, deve ser dividido entre os quatro acusados. São R$ 30 mil para cada um deles. Além da indenização, a defesa pede o ressarcimento do valor de R$ 1 mil, referente ao aparelho celular, que foi quebrado pelos envolvidos.

A audiência de conciliação está marcada para às 16h30 do dia 5 de junho, na sala de audiências, da 3ª Vara Cível.