Caminhão de ex-vereador assassinado é incendiado e polícia busca imagens
Família foi ouvida e perícia deve apontar o que deu origem ao fogo
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Família foi ouvida e perícia deve apontar o que deu origem ao fogo
Um caminhão da empresa do ex-vereador Alceu Bueno, assassinado em setembro de 2016, foi incendiado na madrugada desta terça-feira (17), na rua China, no bairro Vila Margarida, em Campo Grande. A Perícia da Polícia Civil esteve no local e os laudos devem apontar o que deu origem as chamas.
De acordo com o delegado Geraldo Marim, da 3ª delegacia de Polícia Civil, o estava estacionado em frente à casa do motorista da empresa, que teria ouvido o momento da explosão.“Ele conta que chegou a ouvir o barulho da explosão saiu da casa e visualizou algumas pessoas correndo. Agora, nós estamos buscando imagens que possam apontar suspeitos do crime”, disse o delegado.
A rua chegou a ser interditada com troncos de madeira, provavelmente, pelo suspeito do crime, mas a polícia ainda não confirmou se o ato foi premeditado, tendo em vista, que o veículo não era levado ao local com frequência.
O delegado conversou com a viúva, filha e o genro do ex-vereador, e o motorista do caminhão sobre possíveis rixas ou dívidas, mas ainda não há evidências de que o crime foi premeditado.
Entenda o crime
O corpo de ex-vereador foi encontrado no dia 21 de setembro, carbonizado e com sinais de estrangulamento no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Imagens de câmeras de segurança, de um condomínio que fica na região, gravaram o momento em que o corpo foi abandonado pelos suspeitos e em seguida queimado.
Foram dois meses e várias linhas de investigação até o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) chegar aos três suspeitos e concluir que o crime se tratava de um latrocínio.
No dia 29 de dezembro do ano passado Kátia, Elpídio e Josian foram apresentados como autores da morte de Alceu Bueno. A polícia descobriu que o ex-vereador mantinha um caso com a mulher, que era assediada com frequência via WhatsApp por ele. Todo o caso começou com ciúme, já que ela também tinha um relacionamento com Elpídio.
A intenção do suspeito, no princípio, era dar “uma reprimenda” no ex-vereador por conta do excesso de mensagens com a mulher. Mas com a convivência, Kátia percebeu que Bueno costumava andar com muito dinheiro e acabou contando para o amante e o comparsa, Josian.
Elpídio então armou o plano e pediu para a mulher marcar um encontro com o ex-vereador na casa que morava, no Jardim Seminário, onde os ele e o amigo ficariam esperando. Alceu teria sido morto no quarto de Katia, de acordo com a polícia, a golpes de martelo e de uma tábua de carne.
“O primeiro a atacar a vítima foi Josian Edson que o golpeou na cabeça por várias vezes fazendo uso de um martelo, na sequência recebeu ajuda de Elpídio Cesar que, da mesma forma, golpeou a vítima na cabeça fazendo uso de uma tábua de bater carne”, descreveu o delegado responsável pelo caso, Edilson dos Santos Silva. Ainda conforme a polícia, Alceu “agonizava” quando os suspeitos o enforcaram com a alça de uma bolsa.
O corpo foi carbonizado e em seguida o carro do ex-vereador, uma Land Rover Freenlander, foi levado por Kátia e Elpídio para Ponta Porã. Como não conseguiram vender, os suspeitos atearam fogo no veículo. No dia do crime a trio roubou R$ 600 de Bueno. Na época, o martelo usado no crime, ainda com vestígios de sangue, também foi apreendido pela polícia, que chegou a fazer a reconstituição do crime com os três suspeitos.
Condenação
Katia de Almeida Rocha, Elpídio Cesar Macena do Amaral e Josian Edson Cuando Macena, acusados do roubo seguido da morte do ex-vereador Alceu Bueno e ocultação do corpo foram condenados pelos crimes pela 6ª Vara Criminal de Campo Grande. A sentença não foi divulgada, pois o processo está sob sigilo externo. O resultado do julgamento foi publicado nesta segunda-feira (10) no Diário da Justiça de Mato Grosso do Sul.
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