Garagista ofertou dinheiro a parceiro que levou animais

Equipe do Departamento de Operações de Fronteira, o DOF, desarticulou uma quadrilha integrada por seis homens, suspeita de furto e receptação de gado, na região de , cidade 300 quilômetros distantes de Campo Grande. Entre os denunciados estão um contador e o peão da própria fazenda de onde levaram o gado.

De acordo com o DOF, o furto do gado, 14 cabeças, ocorreu na quinta-feira da semana passada (22), em fazenda situada aos arredores da cidade de Anaurilândia.

Relatos da vítima, ruralista de 60 anos de idade, sustentam que os criminosos quebraram três correntes das porteiras para terem acesso ao gado e usaram seus dois cavalos para apartar os animais tirados da propriedade.

Comunicado emitido pela assessoria de imprensa do DOF diz que a vítima acredita que provavelmente o fato se deu no período da tarde, uma vez que os ladrões escolheram os gados mais pesados. 

Ainda de acordo com a vítima, os autores conheciam o local de embarque, onde é necessário um “conhecimento específico, pois tem um atoleiro, e os animais foram embarcados perfeitamente, sem nenhum problema”, diz a nota da assessoria. O rastro deixado no local é de um possível caminhão toco (dois eixos).

O esquema criminoso começou a ser desvelado com o surgimento de informações de que José Carlos estaria procurando outras duas pessoas para embarcar um gado na região de Anaurilândia no último dia 21. Este José teria comentado em bares da cidade que iria carnear uma novilha para as festas de final do ano.

Como o suspeito não tinha gado, os policiais foram na residência dele, onde foram achados 15 quilos de carne bovina fresca. José Carlos disse aos policiais, que a carne era produto de uma res abatida por Eleonel dos Santos, dono de uma garagem na cidade.

Questionado sobre a procedência da carne, José Carlos disse aos policiais que era produto de furto do sítio da vítima de 60 anos, onde foram levadas 11 cabeças de gado.

Ainda conforme comunicado da assessoria do DOF, José Carlos contou que acertou o furto do gado com Eleonel, afirmando que iriam levar cerca de 50 cabeças de gado, sendo que o valor de R$ 7 mil seria repassado a José Carlos, em dinheiro ou em um veículo da garagem do Eleonel Santos.

José Carlos também informou que outras pessoas desconhecidas foram contratadas por Eleonel para recolher o gado na propriedade da vítima, onde no dia 21, quarta passada, por volta das 6h, um deles foi pego em frente a garagem do Santos e de GM/Monza, foram até ao sítio, cortaram os cadeados e correntes de acesso e recolheram o gado num caminhão que seria levado por Santos.

Após embarcar 11 cabeças de gado, o suspeito José Carlos disse que voltou para Nova Andradina, onde recebeu R$ 2 mil em cheque e o restante receberia depois, mas não sabia que o gado tinha sido abatido num frigorífico de Nova Andradina.

Depois disso, investigadores do DOF foram até a casa de Eleonel, de onde levou a equipe até sua chácara localizada às margens do anel viário da MS-134, onde havia abatida uma res furtada.

Na residência do filho do garagista foi encontrado 40 quilos de carne, mas ele alega não saber que era produto de furto.

Na chácara do suspeito, os policiais encontraram enterrados os restos da res abatida, com a marca da vítima no couro do animal.

Todos os envolvidos no esquema de foram encaminhados a delegacia de Nova Andradina, sendo José Carlos e Eleonel autuados em flagrante pela pratica do Abigeato, crime que resulta em pena de até cinco anos de prisão.