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Polícia

Criança morta passava sede, fome e era ‘limpa’ com escova de lavar roupa

Os tios da menina foram presos em flagrante 
Arquivo -

Os tios da menina foram presos em flagrante 

A menina de 3 anos que morreu depois de ser torturada e estuprada em , a 226 quilômetros de , também passava fome e sede na casa em que morava com os tios. Depois de presos, Vanilson Espíndola Agueiro, de 28 anos e Roseane Peixoto, de 28 anos, confessaram o crime e ainda afirmaram que limpavam a sobrinha com escova de lavar roupa.

O casal, que tinha a guarda da criança desde dezembro, foi preso na manhã de quinta-feira (28) depois que a menina foi levada para o Hospital Missão Caioá, na Aldeia Bororó. Segundo o conselheiro tutelar Alisson Dias, inicialmente a instituição foi chamada com a informação de que a criança tinha caído de moto e se machucado.

“A assistente social avisou que a menina havia caído de um moto e eu orientei a levá-la para o hospital. Assim que cheguei vi a gravidade dos ferimentos. As agressões eram perceptíveis e a médica imediatamente pediu a transferência para o Hospital da Vida”, lembrou. Enquanto a transferência não acontecia, Alisson procurou a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher de Dourados).

“Ela tinha fraturas nas pernas, no maxilar, sinais de abuso sexual. Fui até a delegacia denunciar o caso e uma equipe foi para a aldeia prender os autores”, relatou o conselheiro. Mesmo sendo levada para o Hospital da Vida, a menina não resistiu aos ferimentos e morreu ao receber a anestesia para uma cirurgia.

O tio da menina Vanilson Espíndola Agueiro, de 28 anos e a esposa dele, Roseane Peixoto, de 28 anos, foram presos e na delegacia confessaram que batiam na criança com vários objetos e a privavam de água e comida. A mulher ainda revelou que usava uma escova de lavar roupas para limpar a criança quando esta fazia suas necessidades na roupa.

Quando foi socorrida, além das fraturas, a menina também apresentava sinais de desnutrição e desidratação e queimaduras nas partes íntimas. Os suspeitos foram presos em flagrante de de vulnerável e qualificada pelo resultado morte da vítima.

Segundo o conselheiro, a criança foi morar com os tios depois que a mãe perdeu a guarda. Na época, um estudo foi realizado para saber com quem ela iria morar e por ser os parentes mais próximos com condições, os tios ganharam a guarda da vítima.

Além da sobrinha, o casal morava com outros três filhos. Depois da morte da menina, dois dos primos delas, de 8 e 4 anos, foram levados para o IMOL (Instituto Médico Odontológico e Legal) para exames de corpo de delito, que não constataram abusos. Agora os irmãos estão com a avó materna.

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