1ª audiência sobre o caso foi nesta tarde

As testemunhas de acusação do pedreiro Wilson de Lima, 69 anos, acusado de matar a facadas a ex-esposa Vilma Lima, 57, em frente ao Hospital Regional Rosa Pedrossian foram ouvidas, nesta tarde, na 1º Vara do Tribunal do Júri. O caso aconteceu no dia 5 de janeiro deste ano, na Capital, e a principal testemunha disse em depoimento que antes do crime o casal conversava de maneira “civilizada que não dava indício do que aconteceria depois”.

Wilson permaneceu com a cabeça baixa durante todos os depoimentos das cinco testemunhas; três delas não compareceram. O principal depoimento foi o do policial aposentado Antônio Soares de Almeida, 59 anos, que presenciou o crime. Ele tinha ido levar a esposa para visitar o sogro quando viu a vítima conversando com o acusado.

 “Eles conversavam bastante, mas de maneira normal. Quando comecei a atravessar a rua para aguardar embaixo de uma árvore, passei ao lado deles e logo depois de andar uns 11 metros escutei o grito de agonia dela. Olhei para trás e vi que o acusado me olhou firme nos olhos e fugiu. Logo depois vi a mulher caindo entre um carro e o meio fio. Virei ela e conseguiu ver perfurações no abdômen, braço e mão, e chamei o socorro”, explicou Antônio.

O policial militar que atendeu a ocorrência também prestou depoimento. Ele disse que quando chegou ao hospital viu os vestígios de sangue no chão.

Em seguida teve informação que a vítima tinha ido a óbito e o que o autor seria o ex-marido que havia fugido do local em um GM Celta, de cor preta. “Repassei a informação para outras viaturas e logo em seguida fiquei sabendo que o ex-marido havia colidido com uma carreta e tinha tentado se matar com uma faca”, mencionou Edivaldo Morais Leite.

O motorista da carreta, Pedro Roberto Pinheiro, 38, falou em depoimento que trafegava na BR-262 quando o acusado “de repente” invadiu a pista contrária vindo a colidir com o veículo. “Após o acidente ele pegou uma faca e desferiu em seu peito. Quebrei o vidro, tirei a faca e só depois de duas horas, quando o socorro chegou, que fiquei sabendo que ele tinha matado a mulher na Capital”, destacou.

O porteiro do hospital José Ricardo Toledo, 41, afirmou que não viu o momento em que o acusado adentrou ao estacionamento. “Só vi quando ele entrou no carro e foi embora. Quando vi a mulher caída no chão chamei o socorro pelo rádio”, salientou.

O coordenador de infra-estrutura e logística do hospital, Júlio César Komiyama, 58, mencionou que Vilma não era de falar da vida pessoal, por isso ninguém sabia da separação. Segundo ele, ela trabalhava há 15 anos na ala de internação do hospital e era muito querida por todos. “Foi uma situação crítica saber da morte dela”, finalizou.