O Conselho Tutelar foi acionado
Incêndio em residência localizada no Bairro Santa Fé, em Campo Grande, levou a polícia a um caso de abandono de incapaz na tarde desta terça-feira (27). No momento em que o fogo começou, havia apenas a menina de 7 anos na casa. Assustada, a criança saiu correndo para pedir socorro em comércios da região.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a menina estava sozinha na casa quando o incêndio começou. Assim que percebeu as chamas, em uma tentativa de salvar suas coisas e da família, a criança pegou roupas, sapatos, uma boneca e um porta-retrato e correu para fora da casa.
Desesperada, ela foi até um restaurante que fica na mesma rua da residência e pediu ajuda de adultos, que ligaram para o Corpo de Bombeiros. Um vizinho da família, contou que a menina deveria estar com o tio, mas minutos antes ele saiu e a deixou sozinha no local.
O incêndio foi contido pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o tenente Vilamaior, as chamas começaram em uma antessala, onde havia vários objetos empilhados.
Por causa da situação encontrada no local, os militares acreditam que o incêndio tenha sido provocando. “Não podemos dizer se pela criança, ou se por outra pessoa que estava no local e saiu depois de cometer o crime”, explicou o tenente. Parte da cozinha e vários objetos da casa foram destruídos pelas chamas.
Assim que chegou ao local, a mãe da menina, que preferiu não se identificar, explicou que a filha não costuma ficar sozinha. “Hoje foi um atípico. Ela não teve aula e não tinha com quem deixar”, afirmou.
Para os militares, a mulher chegou a cogitar que o incêndio aconteceu por conta de um curto-circuito, mas nenhum ponto de energia foi encontrado pelos bombeiros que indique isso. “A mãe afirmou que tenho outros dois filhos pequenos que estão na escola e que a menina não costuma ficar sozinha. Agora ela responderá judicialmente e pode perder a guarda dos filhos”, explicou o tenente.
Em virtude a criança estar sozinha na casa, a Polícia Militar e também o Conselho Tutelar foram chamados para investigar o caso. A menina deve ser ouvida, mas estava muito nervosa e ainda não conseguiu contar o que houve. (Matéria alterada às 16h30 para acréscimo de informação)
