Briga após noite regada a álcool motivou assassinato de jovem na Capital

O autor se apresentou à polícia nesta terça

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O autor se apresentou à polícia nesta terça

Um desentendimento depois de uma noite regada a álcool teria motivado o assassinato de João Vitor Ferreira da Silva, o Vitinho, de 18 anos. O corpo de jovem foi encontrado em um terreno baldio na Rua Thomas Volpe Merlo, no Jardim Campo Alto, com vários golpes de faca no abdômen e pescoço.

O autor do crime, Aurides Teodoro de Souza Alves Garcia, de 28 anos, se apresentou na 4ª Delegacia de Polícia Civil nesta terça-feira (1º). Em depoimento, o suspeito contou que o crime aconteceu depois que ele se negou a comprar drogas com a vítima e os dois brigaram.

Para a delegada Célia Maria Bezerra da Silva, responsável pelas investigações, o suspeito contou que conhecia ‘Vitinho’ de vista e que ele costumava frequentar a casa de um cunhado dele. Na noite do crime, ele e a esposa estavam na casa desse cunhado, quando o jovem chegou, aparentemente já embriagado.

Todos começaram a beber e em determinado momento o autor chamou a vítima para comprar mais vodka, já que a bebida tinha acabado na casa. No caminho, segundo Aurides, João Vitor pediu para passar em uma boca de fumo, onde ele deveria buscas porções de droga, mas ao perceber que eles estariam indo para um lugar ‘estranho’, o suspeito se negou.

“O Aurides afirmou que entrou no terreno para fazer o contorno, mas os dois começaram a brigar e Vitinho deu um tapa no rosto dele. Eles entraram em luta e desceram do carro, ainda brigando”, lembra a delegado. O homem narrou que assim que desceu do veículo, um Gol cinza, o jovem fez menção de estar armado, colocando a mão na cintura.

Se sentindo ameaçado, o suspeito correu até o carro, pegou uma faca que ele costumava usar em pescarias e se voltou para o garoto. Mesmo armado, ele afirmou que João Vitor continuava a segurar algo na cintura, dizendo: “Sou do PCC, pode vir, pode vir”.

Depois disso, Aurides desferiu cinco facadas no tórax de ‘Vitinho’ que se apoiou na parte traseira do carro, ainda vivo. Neste momento, o suspeito efetuou um corte profundo na garganta do jovem, que caiu. “Ele alegou que depois disso, por estar muito nervoso, entrou no carro e ao fazer a manobra de ré para sair do terreno, sem perceber, atropelou a vítima”, explica Célia.

Em seguida, o suspeito voltou para a casa do cunhado, confessou que havia matado o rapaz e fugiu para Ponta Porã. Equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 4ª Delegacia passaram a investigar o crime e descobriram onde João Vitor estava na noite do homicídio, os parentes de Aurides foram ouvidos, contaram versão semelhante à dele. Por pressão dos familiares, o autor voltou a Capital e se apresentou a polícia.

“Agora, vamos ouvir amigos da vítima para ver se eles realmente não se conheciam, se não tinham nenhum desentendimento”, afirmou à delegada. Por ter ido até a delegacia, Aurides foi ouvido e liberado. Por ora, ele foi indiciado por homicídio simples e responde em liberdade. “Não descartamos uma reprodução simulada para confirmar a dinâmica do crime”, concluiu.

Imagens

Câmeras de segurança de residências próximas a onde o crime aconteceu flagraram o momento em que Aurides dirigia, ainda com João Vitor no carro, para ir a boca de fumo. Menos de três minutos depois, quando a polícia acredita que o crime já aconteceu, as imagens mostram o suspeito voltando em alta velocidade e com os faróis apagados.

Depois de sair do local em que abandonou o corpo do rapaz, o suspeito foi até um terreno, já próximo à casa dos familiares, e jogou a arma usada no crime em um matagal. Nesta terça-feira, ele levou a polícia até o endereço e equipes da perícia encontraram e recuperaram a faca. O objeto foi apreendido e encaminhado para exames no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal).

Confira o vídeo:

 

 

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