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Polícia

Assassinato de manicure foi movido por ciúmes e envolveu jovens de 16, 19 e 22

Gabriela, que continua foragida, teria arquitetado o crime 
Arquivo -

Gabriela, que continua foragida, teria arquitetado o crime 

Foi decretada a prisão temporária de Gabriela Antunes Santos e a amiga Emilly Karolainy Leite pelo assassinato da manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Moraes, de 22 anos, no último sábado (16) no local conhecido como ‘Inferninho’, na MS-040 em . A polícia ainda suspeita do envolvimento de uma adolescente de 16 anos. Emilly foi presa e Gabriela continua foragida. O crime foi motivado por ciúmes. 

Na noite do sábado (16), encontraram o corpo de Jeniffer. As características bateram com boletim de ocorrência de desaparecimento registrado em mesmo dia pela mãe da vítima. Investigadores e delegados da 2ª Delegacia de Polícia Civil e da Delegacia Especializada de Homicídios, SIG/DPC e investigados da Depac/Centro começaram a investigar o caso e no início desta semana ouviram testemunhas.

Depoimentos falavam que a Jeniffer tinha saído com uma adolescente chamada ‘Aninha’. Ela se apresentou na delegacia com a mãe e o advogado e contou que é prima do marido da Gabriela, chamado Alisson.

Segundo ‘Aninha’, na sexta-feira (15), o primo a levou para fazer uma faxina em sua casa, e por volta das 12h,  Gabriela chegou e a chamou para ‘resolver uma desavença’. Segundo ela contou à polícia, ligou para Jeniffer, que estava na casa de uma colega, e a chamou para sair para solucionar o problema. O delegado Alexandre Evangelista disse que o motivo seria um envolvimento de Jeniffer com Alisson.

No local onde estava Jeniffer, ainda conforme a versão, Gabriela a chamou para ir a casa de uma amiga em comum delas, que iria intermediar a conversa. Desconfiada, Jeniffer pediu para ligar para a amiga, e por telefone a pessoa falou que não estava sabendo, mas que estava à disposição das duas.

No caminho Gabriela, diz ter parado na casa de duas amigas dela. Na primeira casa, segundo depoimento de ‘Aninha’, ela chamou a amiga para dar um corretivo na Jeniffer, e a mulher não aceitou. Na segunda casa, conforme disse, era da Emilly, que topou e foi com elas. Quando passaram do Coronel Antonino, sentido Detran, onde seria a casa da amiga em comum, a Jeniffer afirma ter perguntado onde iriam e Gabriela questionou o caso dela com o marido.  Aninha afirmou no depoimento que diante da resposta, Gabriela riu e disse: “daqui a pouco a gente vê”.

Segundo o delegado, Jeniffer e Alisson tiveram um relacionamento anos atrás. Gabriela, desconfiada que o casal teria reatado, “arquitetou e executou o crime sozinha”.

As quatro foram ao Inferninho, conforme aponta a investigação. ‘Aninha’ ainda contou para a polícia que Gabriela e Emilly desceram com Jeniffer do carro. Gabriela, segundo a jovem, tirou de trás do banco um revólver calibre 38. As três entraram numa trilha no matagal.

Minutos depois, ‘Aninha’ diz ter ouvido disparos. Ela afirma que voltou para cidade andando sozinha. Porém, segundo seu depoimento, foi alcançada pela dupla e todas voltaram no carro em silêncio. “Pronto, agora estou satisfeita”, foi a única coisa que Gabriela disse, segundo ‘Aninha’.

Com base no depoimento, a polícia foi atrás da Emilly e Gabriela. Emily foi presa. Durante as investigações, ela não comentou sobre o caso.

Outra versão

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20), ela  resolveu falar sobre o crime. Na versão dela, Gabriela a chamou sem dizer que iriam dar um corretivo em Jeniffer. Segundo disse aos jornalistas, a mulher apenas comentou em ir “resolver uma história”. Na cachoeira do Ceúzinho, as três desceram do carro. “Eu sai para fazer xixi, nem sabia que a Gabriela queria matar a Jeniffer”, comentou.

Na versão contada anteriormente para a polícia, Emilly disse que não tinha ido, que estava em casa com o marido e o avô, versão que foi desmentida pelo próprio marido, que afirmou para a polícia que estava dormindo e não podia garantir a presença da mulher no local. Depois, a jovem acabou confessando que estava junto durante o crime.

No local, ela diz ter visto Gabriela tirando o revólver do banco e afirma que até então ninguém sabia da arma. ‘Aninha’ estaria com um saco de roupa da Jeniffer nas mãos, e, segundo Emilly, jogou dentro do rio. Depois, ‘Aninha’, Gabriela e Jeniffer entraram no matagal, conforme a jovem.  Ela afirma ter ficado esperando, onde estava o carro, e na sequência ouvido dois disparos.

A jovem diz que “achava” que Gabriela ia conversar com a Jeniffer. “Eu pensei que só iriam conversar, quem sabe bater, mas não matar”. Emilly disse que não questionou os tiros e nem comentou sobre o assunto com a Gabriela. “Eu fiquei com medo”.

A jovem não disse porque não entrou em contato com a polícia depois do crime. “Me arrependi. Entrei no carro sem pensar. A Gabriela só me disse que íamos ali resolver uma história”, comentou.

Segundo o delegado, a adolescente de 16 anos, que até então estava sendo tratada como colaboradora da investigação, agora será investigada. Se comprovado envolvimento, ela será indiciada.

Gabriela e Emilly já tem passagem por lesão corporal. Em 2014, elas bateram e rasparam a cabeça de uma outra mulher por causa de ciúmes. Alisson tem passagem por homicídio, em 2015 ele matou uma travesti com ajuda de um amigo.

Na casa de Gabriela e Alisson foram apreendidos três cartuchos de calibre 38. Ela continua foragida, assim como ele. A mãe de Gabriela contou que recebeu uma ligação da filha, afirmando que estaria indo para a Bahia. O delegado Evangelista disse que a prisão foi encaminhada para os estados que ela pode estar.

O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e emboscada. Gabriela ainda deve responder por porte ilegal de arma.

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