Medo de falar dificulta investigações 

Decorridos 30 dias desde a execução do ex-deputado e ex-prefeito de , Oscar Goldoni, o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, Patrick Linares da Costa, pediu a justiça a prorrogação para a entrega do inquérito policial. Segundo o delegado, a falta de testemunhas dispostas a depor formalmente sobre o caso a materialização de provas sobre o caso.

Oscar foi assassinado no dia 15 de setembro, quando foi surpreendido com tiros de fuzil disparados por dois pistoleiros no momento em que saía de uma agência do Detran na cidade. Mesmo atingido, Goldoni conseguiu correr até seu veículo, uma Toyota Hilux, e reagiu ao ataque com tiros de pistolas 9 mm.

Para o delegado, o crime pode envolver pessoas dos dois lados da fronteira, o que dificulta ainda mais as investigações. Além disso, boa parte das testemunhas também se negaram a falar em juízo por medo de represália.

“Temos várias hipóteses, mas por ser um crime que envolve gente dos dois países (Paraguai e Brasil) não conseguimos rastrear celulares ou afirmar com clareza uma única linha”, explica o Linares. Agora, o delegado possui mais 30 dias para concluir o inquérito, prazo que também pode ser prorrogado.

“Traçamos uma roda para chegar aos autores e nos próximos dias vamos analisar as imagens das câmeras de segurança para tentar identificar os veículos usados no dia do crime. Ainda assim, não há como saber se esses carros não estão no Paraguai desde então”, conclui Patrick.