Criminosos ficaram pelo menos dois dias retirando animais de fazenda

Cinco integrantes de uma quadrilha especializada em foram presos pela Polícia Civil na última sexta-feira (8). A investigação policial apontou que os envolvidos tiraram os animais da fazenda, na região do Morro do Azeite, no Pantanal, com ajuda do capataz da propriedade. A quadrilha chegou até a fazer o cascalhamento do local para facilitar o furto dos animais.

De acordo com os delegados do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a a Banco, Assaltos e Sequestros) Edilson dos Santos Silva e Fábio Peró Correa Paes foram furtados aproximadamente 570 animais da Fazenda Capão Verde. Deste total, 13 foram recuperadas com o receptador, que também foi preso. O Garras continua investigando se a mesma quadrilha furtou 264 cabeças de gado da Fazenda Primavera, na mesma região. Além da proximidade entre as duas propriedades, os crimes tiveram características semelhantes.

As investigações apontaram que Gedalvo José Bráz, de 57 anos, teria tido a ideia de furtar a fazenda. Ele é corretor e esteve na fazenda mostrando a propriedade para um possível comprador. Ele teria se aproximado do capataz Thiago Belardo dos Santos, de 24 anos, que aceitou a ideia do furto e permitiu a entrada dos criminosos na fazenda.

Já Nivaldo Leite Ribeiro, de 49 anos e João Jose de Araújo Júnior, de 35 anos, participaram do furto juntando rebanho e ajudando no embarque e desembarque dos animais. Por fim, Valdeir Gassi Pereira, de 33 anos, é apontado como receptador de parte do rebanho e também como financiador do bando. Ele teria emprestado um veículo para fazer a movimentação dos comparsas na região.

Segundo a polícia, a região é propicia ao furto pela facilidade em movimentar o gado de uma propriedade para outra.  No furto à Fazenda Capão Verde, os criminosos ficaram pelo menos dois dias no local, fazendo a retirada do gado.

A quadrilha fez até o cascalhamento para conseguir retirar os animais, já que da primeira vez que foram até o local, não conseguiram embarcar o gado. Para conseguir concretizar o furto, foram utilizados três caminhões e dois carros de passeio. Os integrantes foram presos em e Miranda.

Mecânica do furto

Segundo os delegados do Garras, após o furto ou roubo, os criminosos ficam com os animais em uma propriedade até o caso ‘esfriar’. Os bandidos geralmente possuem registro na Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e por meio da inserção de dados falsos no sistema, conseguem formar um ‘estoque virtual’ de animais.

Com isso, eles conseguem emitir notas e levar o rebanho a um frigorífico onde o gado é abatido.