Caso teria acontecido em maio, em

Dois policiais militares estão sendo acusados de torturar um adolescente e um jovem em Pedro Gomes, a 296 quilômetros de Campo Grande. O caso teria acontecido no dia 23 de maio deste ano e uma representação foi protocolada na última terça-feira (9), na Promotoria de Justiça da cidade pelo advogado, William Epitácio Teodoro de Carvalho.

Na representação consta que os jovens foram vítimas de lesão corporal, ameaça e abuso de autoridade e que o adolescente e o outro rapaz seguiam em uma motocicleta pelas ruas da cidade. O veículo era pilotado pelo adulto.

Os dois teriam sido perseguidos pela Polícia Militar e o adolescente apresentava lesões nas costas e a alegação é de que seriam resultantes de três tiros de borracha disparados pela Polícia Militar contra os dois. O piloto acabou perdendo o controle e os dois caíram no chão.

Consta também que os militares teriam torturado fisicamente os dois envolvidos. Eles teriam dado vários chutes e socos no rosto e chutes nos órgãos genitais no condutor. As duas vítimas teriam sido algemadas ainda deitadas no chão, os policiais pularam nas pernas e disseram que matariam os dois.

Eles teriam sido acusados de portarem armas de fogo e entorpecentes. Disseram que foram colocados no camburão e no trajeto, o condutor fez diversas manobras bruscas para que eles batessem nas paredes do camburão.

O adolescente teria sido levado para o hospital da cidade, onde apesar de lesionado, rapidamente recebeu alta médica. Na volta para o destacamento da PM, ele vomitou na viatura e os policiais deram um balde e um pano para que limpassem o local. Consta ainda na representação que os jovens foram levados para a Delegacia de Polícia Civil, onde os militares registraram a ocorrência, informando que os dois haviam se machucado na queda da motocicleta. Quando o adolescente assinou o auto de infração, não havia responsável com ele.

“Ante a tais fatos, os requerentes não estão podendo sair de casa e, também, estão temerosos por sua integridades físicas, face a qualquer momento, poder vir vítimas de todo tipo de ilegalidade,por parte dos requeridos”, diz a representação.

Segundo o advogado dos jovens também, será ingressada uma ação contra o Estado de Mato Grosso do Sul.

Outro lado

A Polícia Militar informou que a corporação ainda não foi notificada oficialmente sobre os fatos ocorridos no dia 23 de maio. O comandante da região afirmou não compactuar com ilegalidades e disse que quando tiver conhecimento do relato poderá tomar as providências necessárias.