Quadrilha aplicava golpes dentro e fora do estado
Dois homens foram presos nesta terça-feira (18) em Campo Grande por estelionato e associação criminosa. Pedro Matias do Nascimento, 50 anos e Arnaldo Almeida de Souza, de 21 anos, foram presos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Geral de Campo Grande.
Além deles, mais dois integrantes da quadrilha foram identificados, mas ainda não foram localizados. Segundo a polícia, a quadrilha aplicava golpes dentro e fora do estado. Estima-se que a quadrilha causou prejuízo de mais de R$ 300 mil.
O esquema
A quadrilha abriu uma empresa de fachada no Santa Mônica chamada Constrular. Arnaldo teria recebido R$ 8 mil para ser o laranja da empresa, que foi aberta em seu nome.
Os integrantes compravam diversos produtos em boleto, de materiais de construção a cesta básica, roupas, entre outros.Quando vencia o primeiro boleto e as empresas entravam em contato eles desapareciam.
Há registros de que empresas de Campo Grande, Três Lagoas, do estado de São Paulo e do Paraná foram vítimas dos golpes da quadrilha.
A polícia chegou ao nome de Arnaldo após vizinho registrar boletim de ocorrência do abandono do prédio onde ficava a Constrular. Arnaldo foi preso pela manhã em sua residência. Depois, com as investigações os policias foram até a casa na Vila Planalto, onde encontraram Pedro Matias. Outro integrante fugiu pelo telhado e ainda não foi localizado.
Na casa foram encontrados um Siena, uma moto Shineray , pacotes de cesta básica, enxovais, edredons, lençóis, peças, ferro, maquita, datashow, televisão e caixas de cerveja. Os produtos foram apreendidos e trazidos para a Delegacia.
‘Não parecia’
Proprietários que foram vítima dos golpes da quadrilha relataram que não parecia que estavam caindo em um golpe. Proprietária de loja de cesta básica conta que a empresa fez compra de 20 cestas básicas em julho. Uma mulher aparentando ser religiosa que foi ao local fazer a compra. “Fizemos o cadastro, passou certinho. Quando estourou o primeiro boleto já não tinha mais empresa. O prédio estava abandonado, depredado”.
