Dois são absolvidos e um é condenado por morte de policial militar no Indubrasil

Kelvin foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão 

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Kelvin foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão 

Rafael Fernandes de Quadros e Alexandre Barreto de Castro, o “Alexandrinho”, suspeitos de envolvimento na morte do policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva, no dia 3 de junho de 2014, foram absolvidos do crime nesta terça-feira (13). Já Kelvin Willian Santarosa da Silva, de 26 anos, foi condenado pelo assassinato há 26 anos e oito meses.

Os três réus foram a julgamento nesta terça-feira na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. De acordo com o advogado de Rafael, Amilton Ferreira de Almeida, o cliente, assim como Alexandrinho, foi absolvido por falta de provas que o apontasse como autor do homicídio.

Durante todo o processo a defesa, que também chegou a atender Castro, alegou que as provas coletadas no inquérito policial não eram suficientes para condenar os jovens. “A defesa entende que isso aconteceu em virtude à falta de apoio logístico do governo para as polícias, mas na dúvida o juiz absolveu o réu”, alega Amilton.

Já para o terceiro envolvido, o juiz afirmou que a autoria e a materialidade contataram que Kevin foi o responsável pela morte do policial. Segundo Amilton, o homem foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão no regime fechado.

Na época do crime, Clebson de Lima Vilhagra, de 35 anos, Johny Franks Vargas, de 21 anos, e um adolescente de 17 anos, apenas identificado como E.R.S., também foram detidos por envolvimento com o homicídio. Um sétimo integrante do grupo morreu em conflito com a polícia.

Alexandrinho foi ferido a tiros ao reagir à prisão, no Bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande, no dia 26 de julho do ano passado. Ele passou por duas operações na região do tórax, onde houve a retirada do rim e do baço. O suspeito chegou a ficar em coma, mas se recuperou.

Caso

Rony foi executado no dia 3 de junho de 2014 enquanto dirigia uma Saveiro, com outro militar, pela BR-262, no Bairro Indubrasil, região oeste de Campo Grande. Um dos suspeitos, o que estava em uma moto, acompanhado de Rafael, Kelvin e o adolescente de 17 anos se aproximaram, disparando contra o carro.

O suspeito e Kelvin foram os responsáveis por pilotarem uma Honda Titan, de cor chumbo, e uma Honda Twister, de cor vermelha. Já Rafael e o adolescente eram os garupas e estavam armados com um revólver e uma pistola. Eles teriam efetuado vários tiros contra o carro da vítima e por haver troca de tiros, a quadrilha acabou fugindo do local.

Prisão

Nas investigações, a polícia descobriu que parte do bando estava em uma residência da Rua Taumaturgo, no Jardim Aero Rancho, região sul de Campo Grande. No imóvel estava o adolescente acompanhado de Kelvin e Rafael quando as equipes do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) chegaram ao local.

Os militares foram recebidos com tiros e por conta disso houve confronto. O adolescente foi alvejado e socorrido até o HR (Hospital Regional), mas não sobreviveu aos ferimentos. Já os comparsas conseguiram fugir no Kadett, de cor vermelha, placas AGB-9640, de Rolândia (PR).

A dupla tentou fugir para o Paraguai, mas foram abordados e presos na BR-267, em Guia Lopes da Laguna, por equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Durante a fuga, Kelvin e Rafael ligaram para outro comparsa, Johny, avisando da troca de tiros e da perseguição. O rapaz “pediu carona” para fugir para o Paraguai, porém a Blazer em que estava foi interceptada perto de Sidrolândia e o suspeito foi preso.

Em depoimento, Kelvin contou que as motos usadas no crime e as armas foram fornecidas por Johny. Além disso, foi pedido para Clebson, que morava em uma casa nos fundos de um estabelecimento comercial na Avenida Raquel de Queiroz, guardar as armas de fogo usadas no crime.

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