Sob supervisão não existe risco, explica o veterinário
Dar um petisco, um agrado para o bichinho de estimação é natural para muitos donos de cachorros, mas o que pode ser uma atitude corriqueira e normal pode se tornar um grande suplício e problema para os pets.
O susto de ver seu bichinho engasgado e ter que passar por uma cirurgia depois de comer um ossinho comestível, foi presenciado pela administradora de empresas, Marina Inserra, que sempre dava um agrado para os cachorros. “Sempre oferecia estes ossinhos, mas com supervisão, já que havia ouvido sobre os engasgos”, explica Marina.
A lhasa apso, de 3 anos, Cacau, passou por um grande susto ao ingerir um ossinho comestível. A cachorrinha teve de passar por um procedimento cirúrgico para a retirada de um pedaço do petisco, que ficou preso no esôfago do animal. “Um pedaço do osso ficou grudado, e acabou causando uma úlcera na Cacau”, diz a administradora.
“Já fizemos cinco procedimentos de endoscopia com cateter”, explica. A cachorrinha passou dois dias vomitando e agora faz tratamento para tentar dilatar o esôfago que acabou prejudicado. “Nunca mais ofereço esse tipo de petisco para meus cachorros”, ressalta Marina Inserra.
Do outro lado o veterinário, Antônio Carlos de Abreu, explica que os ossinhos comestíveis, além de ajudar na limpeza dos dentes dos cães, ainda têm valores nutricionais, probióticos. “É necessário para ajudar o cão com a limpeza dos dentes, mas não deixa de ser um brinquedo que deve ser monitorado ao ser oferecido pelo dono”, fala.
Segundo o veterinário é muito raro um animal acabar engasgado com esse tipo de brinquedinho, e como qualquer outro material, ou até comida oferecida pode haver problemas. “Os ossos de verdade são mais perigosos que os sintéticos, já atendi animais com pedaços de ossos grudados no estômago”, diz.
O veterinário faz um alerta quanto às raças pequenas, como a Cacau. “Elas (raças pequenas) têm mais problemas com engasgos, por isso, quando for oferecido um petisco, o ideal é quebrar em vários pedaços”, diz Antônio Carlos que ainda explica que caso sejam oferecidos os ossinhos com funções probióticas, é necessário que o veterinário acompanhe para regular a quantidade que deve ser oferecida.
