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Polícia

Advogado de suspeito de matar professor diz que cliente agiu por emoção

Por estar com o mandado de prisão temporária em aberto, o suspeito terá de ficar preso
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Por estar com o mandado de prisão temporária em aberto, o suspeito terá de ficar preso

Durou aproximadamente duas horas o depoimento do eletricista Francimar Câmara Cardoso, de 30 anos, suspeito de matar o instrutor de informática Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos, na última segunda-feira (16). Após a oitiva, nesta quinta-feira (19), o advogado de defesa de Francimar, Marcos Ivan, disse que o eletricista agiu por emoção.

Ainda segundo o advogado, em depoimento o cliente confirmou que não queria matar, mas sim ‘assustar’ a vítima. O eletricista tomou a decisão de ir até a escola de informática com a arma de grosso calibre depois que soube do suposto assédio que a mulher dele teria sofrido por parte de Bruno.

Já o delegado responsável pelo caso, Miguel Said, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, considerou o caso esclarecido. “Foi ele. Não tem sombra de dúvidas e a parte de investigação foi encerrada. ainda vão ficar faltando alguns laudos e o caso deve ser concluído nos próximos dias”, afirmou o delegado.

Segundo a autoridade policial, Francimar vai ser indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima e por posse de arma de fogo. Com relação ao suposto assédio sofrido pela mulher do suspeito, Said afirmou que a investigação não vai apurar este fato. “Não posso entrar nesses detalhes. A Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) é que vai apurar o suposto assédio”.

O eletricista vai permanecer temporariamente preso na 1ª Delegacia de Polícia Civil. Conforme Said, no depoimento, ele reafirmou que deu um tiro, com a intenção de ‘assustar a vítima’ e que disse estar arrependido. Agora, a arma deverá passar por perícia.

Defesa

O advogado de defesa de Francimar, Marcos Ivan, informou na saída delegacia, que o cliente vai permanecer detido até o fim do prazo da prisão temporária e só então entrará com o pedido de liberdade. A ideia é esperar o próximo passo do delegado, se a temporária será prorrogada ou a preventiva será pedida. Já o delegado preferiu não informar se a prisão será convertida em preventiva.

Caso

Para concluir o caso, a Polícia Civil já ouviu cerca de dez testemunhas. Segundo o delegado, a mulher de Francimar disse que trabalhava com Bruno e que, no dia 23 de fevereiro, foi abordada pelo rapaz quando estava em um ponto de parada de ônibus na Rua Maracaju, próximo da empresa, a caminho de casa. Ela foi levada por ele para um corredor, onde teria sido molestada – não há detalhes sobre que tipo de ato teria havido.

A mulher teria relatado o fato às amigas do trabalho e até mesmo ao diretor, para quem pediu afastamento temporário do local de trabalho. Entretanto, resolveu procurar a polícia para fazer a denúncia dez dias após o delito.

No fim de semana passada, ainda segundo a versão da mulher, ela foi para a casa de parentes na cidade de com o marido, na ocasião resolveu contar o que teria acontecido. Na segunda-feira seguinte, Francimar pegou uma espingarda de calibre 26 do pai, que já é falecido, e foi até a escola para ‘acertar as contas’. O suspeito usou um carro locado pela empresa para a qual trabalha, de automação bancária. Na fuga, abandonou o veículo próximo do Terminal Júlio de Castilho.

Investigação

Desde a manhã de segunda-feira, equipes da 1ª DP estavam à procura de “Francimar”. De acordo com testemunhas, ao chegar à escola, o homem apenas confirmou o nome da vítima e disse que tinha “uma encomenda”.

Em seguida, ele saiu da sala, foi até o Gol cinza, placas PUX-8111, de (MG), e pegou uma arma de cano longo, que estava enrolada em um edredom. Depois, voltou para a recepção da empresa.

O suspeito foi até a sala onde estava a vítima e disparou contra Bruno, que teria levantado a mão na frente do rosto na tentativa de se proteger. Um único tiro atingiu o tórax da vítima, abaixo da axila esquerda.

Em seguida, o suspeito fugiu do local. As imagens do circuito de segurança da escola de cursos profissionalizantes ajudaram nas investigações da Polícia Civil.

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