Com a “greve”, os presos não saíam para o pátio, não limpavam as celas, recebiam seus respectivos advogados, não recebiam atendimento psicológicos e não trabalhavam e nem frequentavam as aulas

De acordo com Francisco Sanábria, presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), detentos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande estão indignados por conta dos testes com bloqueadores de sinal de aparelhos celulares, o que acabaria com a regalia de alguns internos que utilizam telefone dentro dos presídios.

Na semana passada existiram rumores de uma suposta rebelião na Máxima de Campo Grande e no presídio de Harry Amorim Costa. Somente o Presídio de Trânsito (Ptran), teria voltado ao normal.

Com a “greve”, os presos não saíam para o pátio, não limpavam as celas, recebiam seus respectivos advogados, não recebiam atendimento psicológicos e não trabalhavam e nem frequentavam as aulas.

Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), os detentos já recolhem os lixo e voltaram aos trabalhos e às aulas.

Na mesma semana, a reportagem noticiou que mulheres de internos não puderam entrar com alimentos durante a visita e a proibição seria uma retaliação à proibição do presídio à “greve”.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, comentou também na semana passada que os bloqueadores não prejudicarão os moradores e comerciantes próximos, pois a cobertura do bloqueio será apenas no quadrilátero de presídio.

Ainda de acordo com Jacini, a tecnologia que será utilizada também é usada nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e .

Segundo Sanábria, existe um temor por parte dos agentes por conta do movimento dos detentos. “Está tranquilo porque tem um diálogo com os presos, mas eles já estão indo para a terceira semana de greve, nunca se sabe o que eles vão fazer”, disse.

Ao todo são 1.300 servidores nos presídios de Mato Grosso do Sul, entre psicólogos, assistentes sociais e agentes em 45 unidades penais, onde estão 12 mil presos. Em Campo Grande são 400 funcionários para aproximadamente 2 mil internos do Complexo Penitenciário de Segurança Máxima de Campo Grande.