Presos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande e do presídio Harry Amorim Costa, em Dourados, podem fazer uma rebelião nesta quarta ou quinta-feira (19), afirma o presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), Francisco Sanábria.
De acordo com Sanábria, a principal revolta dos detentos é por conta do bloqueio do sinal de aparelhos celulares, que acabaria com a regalia de alguns internos que utilizam telefone dentro dos presídios. Ainda de acordo com o Sinsap/MS, o bloqueio durante este mês teria sido o motivo da “greve”, dos internos.
“Existem boatos que amanhã pode acontecer algum tipo de rebelião em Campo Grande e em Dourados. Os agentes temem por suas integridades física, já que o contingente é baixo”, diz Sanábria.
Ao todo são 1.300 servidores nos presídios de Mato Grosso do Sul, entre psicólogos, assistentes sociais e agentes em 45 unidades penais, onde estão 12 mil presos. Em Campo Grande são 400 funcionários para aproximadamente 2 mil internos do Complexo Penitenciário de Segurança Máxima de Campo Grande.
Com a “greve”, os presos não saíam para o pátio, não limpavam as celas, recebiam seus respectivos advogados, não trabalhavam e nem frequentavam as aulas, desde o dia 10 de fevereiro.
Esta semana, a reportagem noticiou que mulheres de internos não puderam entrar com alimentos durante visitas, neste último final de semana. A proibição seria uma retaliação à proibição.
A Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen-MS), informou que seu serviço de inteligência não tem nenhum tipo de informação de possa haver nenhum tipo de rebelião. Também foi informado que o Sinsap/MS não fez nenhum tipo de notificação junto a Agepen, em relação a possibilidade do motim.