Nos últimos dias a maior luta da família do presidiário Leandro Acosta de Sales, de 33 anos, é conseguir visitá-lo no Hospital do Universitário, onde está internado há duas semanas com pneumonia. Mesmo em estado grave, ele só pode receber visita com autorização judicial.

Leandro está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital em coma induzido. Para a irmã Karina, o maior medo da família é que ele morra sozinho. “O estado dele é gravíssimo, está entubado, muito mal”, diz.

Ela diz que nem ela, nem a mãe, podem vê-lo e as únicas informações sobre o estado do parente são passadas por uma enfermeira do hospital, que é amiga da família. Leandro foi preso por tráfico de drogas e por isso está internado sobre escolta policial. Para ter acesso a ele a família precisa da autorização do juiz da 1ª Vara de Execução Penal.

De acordo com Karina, os documentos necessários para a autorização foram entregues na segunda-feira (8) e até agora não foram assinados. “Minha mãe foi no Fórum nesta segunda-feira (15) e falaram que os papéis estavam na mão do juiz desde terça-feira (9)”, afirma.

“A gente queria que o juiz assinasse os papéis porque ele está há duas semanas lá, e sozinho”, apela Karina.

Fim da espera

Segundo informações da assessoria de imprensa da 1ª Vara de Execução Penal, o nome de Leandro foi repassado para o juiz Gil Messias Fleming, responsável pelo caso, para que o processo de autorização seja agilizado.

Ainda assim, afirmaram que até esta segunda-feira cerca de 300 processos da mesma natureza foram conclusos. “o mais antigo foi um processo de quarta-feira passada, esse tipo de pedido costuma ser aprovado rápido”, assegura.