Através de um trabalho preventivo de vistoria nas celas, realizado com apoio da Polícia Militar, a Polícia Civil descobriu e desarticulou, nessa quinta-feira, 27 de dezembro, um plano de fuga na cadeia pública de Sete Quedas.

O plano de fuga, cuja autoria foi levantada ainda no decorrer do dia dessa quinta-feira pela equipe de investigação, que tem a frente da coordenação o delegado titular local, Dr. Rinaldo Gomes Moreira, foi descoberto na cela de número dois da cadeia, que funciona anexa a Delegacia de Polícia Civil, onde estavam recolhidos sete detentos.

De acordo com a Polícia Civil local, durante a vistoria os policiais encontraram um buraco sob a cama da cela citada, cuja abertura já começava a atingir a parede do prédio que dá acesso ao pátio da Delegacia, que fica a apenas cem metros da fronteira com o Paraguai.

Acusado de planejar fuga já havia fugido duas vezes

O detento Claudilei da Silva Lemes Junior, de 24 anos, que segundo a Polícia Civil, tem passagens por furto com arrombamentos e também está preso por atear fogo em veículos apreendidos no pátio do DETRAN de Sete Quedas, teria confessado ser o autor do frustrado plano de fuga.

Segundo o delegado, Dr. Rinaldo Moreira, ao prestar depoimento, Claudilei Lemes, que após fugir da cadeia local no dia 24 de outubro deste em companhia de outros quatro detentos, teria se apresentado voluntariamente no dia 29 do mesmo mês, após um dos companheiros de fuga ser baleado e recapturado pela polícia de Sete Quedas e outro ser assassinado em território paraguaio, teria relatado que estava planejando fugir porque não queria “passar a virada do ano” na cadeia.

Após a confissão, em atendimento a solicitação do delegado, Dr. Rinaldo Gomes Moreira, a Justiça determinou a transferência imediata do detento para um presídio de segurança máxima na cidade de Naviraí.

Essa seria a 3ª fuga em seis meses

A cadeia pública de Sete Quedas, que já registrou duas fugas de presos só do meio do ano para cá, tem duas celas com capacidade para abrigar dois detentos cada, mas atualmente abriga quinze presos.

De acordo com a Polícia Civil local, mais da metade desses presos já tem condenação na Justiça e deveriam estar cumprindo pena em presídios, mas por falta de vagas nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul, acabam permanecendo na cadeia local, que deveria ser destinada apenas a detentos temporários.