Um bebê de 11 meses está entubado na Santa Casa de Campo Grande, após sofrer lesões que provocaram afundamento de crânio e hematomas pelo corpo. A criança chegou no hospital no início da troca de plantão médica, por volta das 18h da quarta-feira (25). Seu quadro clínico é considerado grave.
O bebê foi levado inicialmente pelo próprio pai a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino. Depois, por conta dos graves ferimentos, a criança foi transportada por uma unidade do serviço Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa.
No hospital foram realizados vários exames e um deles apontou TCE (Traumatismo Crânio-encefálico). Depois de constatada a gravidade do seu estado de saúde, ficou na espera de uma vaga no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), mas somente por volta das 13h desta quinta-feira (26), conseguiu uma vaga.
A assistência social da Santa Casa acionou o Conselho Tutelar área Norte que foi ao hospital e confeccionou um relatório que posteriormente foi entregue para a delegada Regina Márcia Rodrigues, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao adolescente (Depca).
Com base no relatório que recebeu, a delegada designou uma equipe de investigadores até a Santa Casa já que a mãe da criança a acompanhava na internação. Nos corredores do hospital, a mãe do bebê teria dito que ele caiu do berço e por isso estava com os ferimentos.
O Midiamax obteve a informação que vizinhos já teriam denunciado os pais por agressões contra o bebê. Pela suspeita atual e a denúncia, a mãe da criança foi conduzida para a delegacia para prestar esclarecimento.
Segundo caso
O caso do bebê de 11 meses é o segundo registrado nessa semana na Santa casa de Campo Grande. Na terça-feira, um menino de três anos foi internado com sinais de espancamento e ainda queimaduras em várias partes do corpo. A informação é que a criança já foi recolhida a um abrigo pela mesma situação, mas depois foi devolvida aos pais.
A polícia também investiga o caso para verificar se mais uma vez os familiares, em especial o padrasto, reincidiu.
O pai de 25 anos, que trabalha como vigilante, disse a reportagem que o filho teve convulsões, que causaram os ferimentos. Na delegacia ele contou, que há trinta dias a criança apresentava febre, alergia e foi medicado.
Porém na manhã desta quarta-feira (25), a criança não teria amanhecido bem. Por volta de 17h30, o pai disse a delegada que lavava louças, enquanto o filho estava em um “chiqueirinho de bebê”, quando começou a ter convulsões.
No mesmo momento, a mãe de 23 anos, que é vendedora, chegou em casa. Os pais então acionaram o Samu, que por telefone passou os primeiros procedimentos de primeiros socorros.
Quando o Serviço de Urgência chegou, os sinais vitais do menino voltaram ao normal. O pai afirma que o filho não chegou a cair, fato que poderia ter causado o afundamento de crânio.
A Polícia ouvirá os médicos nesta sexta-feira (26), e aguardará um laudo do Instituto Médico Odontológico Legal (IMOL), sobre o fato.
Matéria editada para acréscimo de informações às 19h15.