Uma das vítimas de assalto, serralheiro de 30 anos, disse que teve medo de morrer quando foi abordado pela dupla. Mais tarde, recebeu a notícia que a moto em que ele estava foi recuperada.

Após confronto com assaltantes, um policial da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) acabou atirando em Evair de Jesus Corrêa, 18 anos. Ele estava cometendo vários crimes ontem (21) à noite e acabou morrendo por volta da meia-noite.

A polícia recebeu informação que uma dupla fazia uma espécie de arrastão na região do São Conrado. De acordo com a denúncia, por volta das 21h desta sexta-feira (21), dois homens armados roubaram duas motocicletas e estavam assaltando pedestres, levando dinheiro e documentos pessoais.

Com base nas características dos indivíduos, o policiamento da Cigcoe/Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas) se deparou com uma dupla suspeita na rua Ponta da Praia. Ao perceberem as viaturas a dupla tentou fugir, com manobras arriscadas e acabou caindo no chão.

A perseguição da polícia continuou, enquanto os indivíduos passaram a correr a pé em direção de um matagal. No momento que foram localizados, os policiais deram voz de prisão, mas um dos rapazes efetuou um disparo contra a guarnição.

Com isso, de acordo com o Capitão Wilmar da Cigcoe, a polícia teve que reagir e acabou acertando um disparo de arma de fogo no tórax de Evair de Jesus. Em razão do seu quadro clínico, a própria viatura da Cigcoe o levou ao Hospital Regional. O outro indivíduo conseguiu fugir.

Uma das vítimas

Uma das vítimas, o serralheiro A. R. C., 30 anos, contou que tinha acabado de sair de casa, por volta das 21h30, quando parou para atender o celular e foi assaltado pelos dois rapazes.

Ele contou que ambos estavam armados e anunciaram o assalto. Ele informou que não foi agredido, já que a dupla apenas pediu para ele entregar o celular, a moto e sair andando de costas.

“Na hora, eu fiquei com medo deles atirarem em mim. Fiquei em pânico. Nunca mais paro para atender celular na rua. Tive muita sorte da polícia recuperar a moto, porque nem é minha, é do meu irmão. Muita gente está falando do fim do mundo. Mas ainda bem, que o mundo não acabou para mim aqui nesta noite”, desabafou a vítima.

De acordo com o capitão Wilmar, o rapaz que morreu já tinha passagem por tráfico de drogas e lesão corporal. O caso foi atendido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga. A mãe contou em depoimento, que a cerca de 8 meses, outro filho dela teria morrido da mesma forma, em troca de tiros com a polícia.