Mulher mentiu e apontou o namorado como autor de assassinato a polícia, mas outros testemunhas viram o verdadeiro assassino golpeando a vítima. “Tive medo do betinho, que é temido no bairro”, disse ela.
Já se encontra preso nas celas da Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, Carlos Alberto Mendes Prudêncio, 20 anos, vulgo Betinho. Ele é o verdadeiro autor do assassinato de Luiz da Silva Verão, 49 anos, encontrado morto com uma facada na altura do umbigo, por volta das 3h45 desta sexta-feira (6).
Segundo a Polícia Civil, horas antes de Betinho ser autuado em flagrante, outro homem, identificado apenas como Carlão, já havia sido apontado como o autor do crime.
“Em diligências ao local, na rua Joaquim Constantino de Oliveira, uma mulher que participava da festa apontou o próprio namorado como o assassino. Ela chegou a dizer que escutou gritos e que quando saiu para fora da casa já viu o homem ferido e o namorado sair correndo”, conta o delegado Rodrigo Braga Vasconcelos, responsável pelas investigações.
Porém, segundo o delegado, ao confrontar com outras seis testemunhas presentes na casa, três contaram que viram Betinho golpeando a vítima. “A partir daí fomos em busca do novo suspeito. E, ao conversar novamente com Luiza Maria dos Santos, 29 anos, ela confessou então estar mentindo, com medo de Betinho, que segundo ela é muito perigoso e temido no bairro”, explica o delegado Rodrigo.
Por mentir para a polícia e achar sair impune, Luiza foi presa em flagrante e responderá por denunciação caluniosa. “Eu poderia deixar preso um inocente e não o verdadeiro bandido. Ela responderá pela falsa denúncia, podendo pegar de dois a oito anos de reclusão”, diz o delegado Rodrigo.
Com relação ao autor do crime, ele responderá por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e omissão de socorro. Carlos Alberto já possui um antecedente criminal por furto, quando adolescente infrator.
