O jornal ABC Color, principal diário do , informou em sua edição eletrônica desta quarta-feira que o filho de , Daniel Alvarez Georges, desaparecido em (MS) desde o dia 3, possa ter sido sequestrado e supostamente morto a mando de uma organização criminosa que agiria no na fronteira com o Brasil.

O caso é investigado pela Polícia Civil de Campo Grande. Até o início da noite desta quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa do órgão, o caso era tratado como um desaparecimento e não havia pistas de Daniel, conhecido como Danielito no Paraguai.

Segundo a imprensa paraguaia, os três homens vistos com ele pela última vez podem ser guarda-costas de Daniel e também estariam desaparecidos.

Informações publicadas pelo ABC Color afirma que as câmeras do circuito interno do shopping captaram o momento em que Danielito e sua escolta – três homens – saiam do local. Essa informação não foi confirmada pela polícia campo-grandense.

A partir dali, nem Daniel Georges nem os supostos seguranças, de nomes não revelados, foram mais vistos. A reportagem quis conversar com parentes de Daniel, que acompanham o caso em Campo Grande, mas não conseguiu.

O jornal ABC Color noticia ainda que Fahd, pai de Daniel, é conhecido como “padrinho” da fronteira (região de Ponta Porã (MS).

Note um comentário do jornal paraguaio acerca das atividades de Danielito: “seguindo os passos do pai, Danielito rapidamente acumulou uma fortuna incalculável, graças a seus contatos nada menos do que com altos chefes da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Colombianas)”.

O clã de Danielito, afirma o jornal, cresceu no Brasil graças aos seus vínculos com Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, um dos mais famosos traficantes do país, condenado há pelo menos um século de prisão.

Ainda conforme o jornal paraguaio, a Polícia Federal do Brasil “praticamente dá como certo que Danielito foi executado, o que significaria um grande golpe ao “padrinho” Fahd Jamil.

Fahd foi condenado a 20 anos de prisão, em 2005, por contrabando e crimes fiscais, mas quatro anos depois, vivendo na clandestinidade, ingressou com recurso judicial e sua sentença perdeu o efeito.

Contudo, Fahd ainda é tido como foragido por ter sido condenado recentemente a dez anos de prisão por crimes financeiros aqui no Brasil.

O ABC Color diz também que “fortes versões espalhadas na fronteira (Ponta Porã) indicam a volta do “padrinho” Fahd Jamil, já que seus assessores asseguram que todas as causas judiciais contra ele devem ser superadas”.

Temor

O jornal ABC Color diz que a suposta execução do filho de Fahd “desatou” um temor em “vários setores do crime porque quando ‘o padrinho' caiu um desgraça, muitos de seus ex-sócios lhe deram as costas e negaram ajuda e isso pode provocar uma guerra na fronteira”.