A polícia de São Paulo trabalha com duas linhas de investigação para os atentados deste fim de semana que tiveram como alvo o comandante do grupo de elite da polícia e a sede da chamada Ronda Tobias de Aguiar, conhecida como Rota.

No quartel da Rota, no Centro de São Paulo, os policiais estavam atentos nesta segunda-feira (2). Na madrugada de domingo (1º), o batalhão de elite da PM paulista foi atacado. Dois homens estacionaram numa rua ao lado. Um deles atirou contra o prédio e contra os policiais, que reagiram. Um dos criminosos morreu e o outro fugiu.

No chão, foi encontrado um coquetel molotov, que não explodiu. O atirador tinha saído da cadeia em fevereiro, após 11 anos de prisão por roubo, estupro e outros crimes. No sábado (31), foi o comandante da Rota, tenente coronel Paulo Telhada, quem sofreu um atentado.

Ele estava na garagem de casa quando dois criminosos atiraram mais de dez vezes e fugiram. O comandante se abaixou e não foi atingido. A polícia investiga se existe ligação entre os casos.
Segundo o comando da PM, duas hipóteses poderiam explicar os ataques contra o comandante e o prédio da Rota. A primeira seria a vingança de uma quadrilha contra a morte de um assaltante pela Rota. A segunda, uma reação de traficantes da Zona Leste.

“Quase uma tonelada de entorpecentes foi apreendida e cerca de 400 pessoas, presas em flagrantes. Isso gera insatisfação por parte dos traficantes. Pode haver uma retaliação. É uma hipótese que não podemos descartar também”, afirmou o tenente coronel Marco Antônio Augusto, da comunicação social da PM.

A polícia investiga, também, os incêndios em 14 carros na Zona Leste: dez em um pátio de veículos apreendidos pela polícia e quatro em ruas da região. Mas não vê conexão entre estes casos e os atentados contra a Rota.