Rodrigo Castilho Neves, 25 anos, cumpria pena por tráfico no regime semi-aberto e estava evadido da Colônia Penal. Vingança e desavenças entre ele e a vítima seriam os motivos do crime.

A 4º Delegacia de Polícia apresentou na tarde desta segunda-feira (23) Rodrigo Castilho Neves, 25 anos, suspeito de matar a vendedora de jóias Maria de Fátima Florentin Tavares, 31 anos, há seis meses em Campo Grande. O crime, segundo a polícia, teria sido motivado por vingança e desentendimentos entre ele e a vítima, provavelmente relacionados ao tráfico de drogas.

O suspeito cumpria pena de 10 anos e 8 meses por tráfico em regime semi-aberto, mas estava evadido da Colônia Penal de Campo Grande desde a época do assassinato. Investigações e depoimentos de várias testemunhas apontaram para a autoria de Rodrigo, e a polícia começou a acompanhar seu paradeiro.

Rodrigo foi encontrado e preso em Cassilândia após ter passado por São Gabriel do Oeste, Pedro Gomes e Rio Verde de Mato Grosso.

Na versão do suspeito, os disparos foram efetuados em legítima defesa, mas o delegado da 4ª DP, Wellington Oliveira, contesta a versão. “A forma do crime é desproporcional com a tese de legítima defesa. A vítima não apresentava ameaça iminente”, afirma o delegado. Ao todo foram cinco tiros, sendo que quatro balas fizeram sete perfurações no corpo de Maria de Fátima.

O crime, segundo o delegado, teve características de execução. O criminoso não levou as jóias e o dinheiro que estavam no automóvel Ecosport preto, de propriedade da vítima. Outra circunstância do episódio foi a premeditação: Wellington afirma que Rodrigo teria se preparado dois dias antes de cometer o assassinato.

Arma do crime

Equipes de mergulhadores do Corpo de Bombeiros não encontraram o revólver calibre 38 utilizado na cena do crime e supostamente descartado na lagoa Itatiaia – local informado pelo suspeito.

Nas buscas efetuadas na sexta-feira (20), o lodo pode ter ocultado a arma, fato que dificultou a operação. A hipótese de que a arma esteja no local poderá até ser descartada, informou o delegado.

Rodrigo Castilho Neves ficará preso temporariamente na cela da 4ª DP por 20 dias, até que a justiça autorize a prisão preventiva. Ele deve responder pelo crime de homicídio doloso e pode ser encaminhado ao presídio de Segurança Máxima da Capital.