A medicina no Brasil tem uma longa história de relevância no cenário internacional. Desde o Império com estudiosos reconhecidos fora de nossas fronteiras e um sistema público ou com base na filantropia eficiente, embora nem sempre de boa gestão. Nossa rede de Santas Casas mostra o valor da herança da colonização portuguesa, em que muitos retribuíram à sociedade os ganhos obtidos em suas atividades empresariais. Foram os titulados do Império os grandes doares das Santas Casas.
A Academia Imperial de Medicina, hoje Nacional, sempre teve quadros de alta qualidade e serviços prestados ao povo brasileiro. Além dos nomes mais conhecidos do passado, como Oswaldo Cruz, Miguel Couto, Carlos Chagas, Cardoso Fontes e Ivo Pitanguy, tem um acervo de homens notáveis, profissionais de sucesso, muitos dos quais sem abrir mão do verdadeiro voluntariado, que é o serviço público, de baixa remuneração, apesar de atuação na medicina privada.
A entidade maior tem em seus quadros os maiores médicos do país, que dividiram seu tempo com a sociedade e a representação do Brasil em fóruns internacionais, como o caso atual do dr. Jorge Alberto Costa e Silva. E acolhe os maiores nomes da atualidade como os irmãos Pires Vaz – Fernando e Octavio –, Paulo Niemeyer, Felippe Queirós Mattoso, Carlos Barros Franco, Jair de Castro e Mauricio Costa, entre outros. A sede no Rio deve seu terreno ao Deputado Claudio Chaves, ilustre médico amazonense.
Esta semana acolhe um jovem notável, André Berger, considerado um dos melhores operadores da cirurgia robótica do mundo, com mais de três mil operações nos EUA e no Brasil. Berger voltou ao Brasil para dirigir o setor de robótica do mundo dos hospitais Moinho de Ventos, de Porto Alegre, e os Star do Rio, São Paulo e Recife.
Esta instituição que data do Império – fundada em 1829 – é prova viva da relevância da vida acadêmica no Brasil, se constituindo neste momento de uma lembrança de que o mérito ainda tem lugar em instituições que mantêm a qualidade herdada de seus membros através dos tempos.