É proibido roubar

O momento é de baixar a bola, como se diz. O presidente da República e os da Câmara e do Senado precisam se sentar à mesa e definir uma pauta positiva a ser votada, sem emendas, por consenso. Sem esquecer de levarem em consideração a gravidade do quadro político, econômico, social e da pandemia, que está realmente em preocupante evolução.

É preciso um acordo em torno da volta à normalidade, de forma organizada, e do controle nos gastos que realmente já ameaçam nosso futuro, fazendo retornar os tempos da . Sem uma economia respeitada, austera como deve ser nas crises, não vamos ter como captar investidores. O que, aliás, está mais complicado do que nunca, pois os demais países estão quebrados e muitos já oferecem bom ambiente para negócios. O Brasil compete com outros países, alguns deles menores, mas mais estáveis e seguros.

Com o amadurecimento da população, o acompanhamento dos acontecimentos, por meio dos jornais, rádios, televisão e mídias sociais, faz com que a sociedade como um todo saiba o que é certo e o que é errado. O trabalhador sabe que é melhor uma redução de salário, uma suspensão de contrato, do que o desemprego sem perspectivas de volta. A demagogia está com seus dias contados, assim como o chamado sindicalismo selvagem, em que dirigentes a serviço de ideologias e de emprego garantido colocam em risco o trabalho dos que deveriam defender e representar.

Os políticos em posição de governo estão passando por um teste com a pandemia e os recursos alocados na saúde. Não serão perdoados os que prevaricarem no uso dos recursos para salvar vidas. E tem sido chocante as denúncias de licitações fraudulentas nas compras criminosas em empresas inexistentes ou sem nível para honrar compromissos. A delinquência tem sido constada de Norte a Sul do país. Teve até pet shop vendendo exames de , no Sul.

Temos de facilitar a volta ao trabalho, com responsabilidade, e estimular o empresário a investir, pois, do contrário, não haverá emprego nem vendas para sustentar o que vai restar de comércio no Brasil. Gastança com dinheiro público e salários de marajás no setor público agravarão a situação. Tem até projeto no Congresso defendendo a venda pelo crediário a consumidores com ficha suja. Propostas de aumento de impostos representam um tiro no pé. Muito imposto é pouco investimento e fuga de capital. E hoje o povão sabe disso. Ainda bem.

 

E, claro, menos brigas, menos crises e mais espírito público. São muitas vidas já perdidas e por perder.


*Articulista e escritor