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Mundo

Sudão: crianças comem ração animal para sobreviver em cidade sitiada por guerra

Conflito entre Exército e paramilitares já dura mais de dois anos e deixou milhões de deslocados
Evelyn Mendes -
Famílias do Sudão. (Foto: Reprodução/AFP)

Crianças desnutridas têm recebido ração animal no Al Saudi, em El-Fasher, no Sudão, cidade que está sitiada pelas FAR (Forças de Apoio Rápido) há quase 18 meses. O local é considerado o último centro médico em funcionamento na região de Darfur e recebe, diariamente, de 30 a 40 crianças em estado grave.

De acordo com médicos, a alimentação é feita com uma pasta viscosa produzida a partir de amendoins prensados, normalmente usada para vacas e camelos. Segundo o médico Omar Selik, até os profissionais de saúde passaram a consumir o alimento devido à falta de opções.

O cerco à cidade foi iniciado em abril de 2023, quando combatentes ergueram um muro de terra de 32 quilômetros ao redor de El-Fasher. Estima-se que 260 mil pessoas ainda estejam presas, enquanto mais de 500 mil fugiram da região. A escassez de comida elevou o preço dos alimentos: um quilo de macarrão custa cerca de US$ 73, valor dez vezes acima do normal.

Segundo a organização humanitária Emergency Response Rooms, 14 crianças morreram de desnutrição nas últimas duas semanas. Além disso, surtos de cólera foram registrados. O fornecimento de ajuda é inviabilizado porque comboios da ONU (Organização das Nações Unidas) não conseguem acessar a cidade há mais de um ano e foram alvo de ataques com .

O que está acontecendo no Sudão?

O conflito no Sudão começou em abril de 2023, quando disputas de poder entre o Exército sudanês e as FAR (Forças de Apoio Rápido) se transformaram em confrontos diretos. Desde então, a guerra já deixou dezenas de milhares de mortos e forçou cerca de 12 milhões de pessoas a abandonarem suas casas, segundo a ONU.

A região de Darfur, no oeste do país, tornou-se o principal palco dos combates. El-Fasher é a última grande cidade sob controle do Exército na área e, por isso, foi cercada pelas FAR. O cerco impede a chegada de alimentos e medicamentos, além de restringir a saída da população. Organizações internacionais acusam os dois lados de crimes de guerra, incluindo ataques contra civis e hospitais.

*Informações de agência de notícias.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)

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