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Mundo

Protesto contra bloqueio de redes sociais no Nepal deixa pelo menos 19 mortos

Manifestantes consideram proposta uma tentativa de restringir a liberdade de expressão
Agência Estado -
Protestos no Nepal - Foto: AFP

Pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas na segunda-feira, 8, após a polícia de Katmandu, capital do Nepal, atirar em manifestantes que protestavam contra a tentativa do governo federal de regulamentar as redes sociais e bloquear algumas das maiores plataformas do mundo, incluindo Facebook, X (antigo Twitter) e YouTube.

As manifestações tomaram conta das ruas ao redor do prédio do Parlamento, cercado por milhares de pessoas indignadas. As autoridades afirmaram que as empresas de tecnologia não se registraram no país nem se submeteram à supervisão do governo. Os manifestantes romperam a cerca de arame farpado e forçaram a polícia de choque a recuar para dentro do complexo do Parlamento.

Os disparos ocorreram enquanto o governo tentava avançar com um projeto de lei mais amplo de regulamentação das redes sociais, que prevê garantir que as plataformas sejam “adequadamente gerenciadas, responsáveis e prestem contas”. A proposta tem sido amplamente criticada como uma ferramenta de e de punição a opositores que expressam seus protestos online.

Segundo o governo nepalês, cerca de duas dúzias de redes sociais amplamente utilizadas no Nepal receberam notificações repetidas para registrar oficialmente suas operações no país. As que não atenderam à exigência foram bloqueadas desde a semana passada.

Nem o Google, proprietário do YouTube, nem a Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, responderam aos pedidos de comentários da reportagem. A plataforma X, de Elon Musk, também não se pronunciou. O TikTok, o Viber e outras três plataformas continuam registradas e operando sem interrupções.

A polícia informou que 28 policiais estão entre os feridos. Protestos menores continuavam até o fim da noite desta segunda-feira (no horário local). Diante da escalada, o governo nepalês anunciou toque de recolher em torno do Parlamento, da secretaria de governo, da residência presidencial e de áreas estratégicas da cidade.

Sete das vítimas fatais e dezenas de feridos foram levados ao Centro Nacional de Traumatologia, principal hospital do país, no centro de Katmandu. “Muitos estão em estado grave e parecem ter sido baleados na cabeça e no peito”, disse o médico Badri Risa. Do lado de fora, famílias aguardavam ansiosamente por notícias, enquanto voluntários formavam filas para doar sangue.

“Acabem com a proibição das redes sociais. Acabem com a , não com as redes sociais”, gritava a multidão diante do Parlamento, empunhando bandeiras nacionais vermelhas e azuis. A manifestação desta segunda-feira ficou conhecida como “Protesto da Geração Z”, em referência aos nascidos entre 1995 e 2010.

O projeto de lei proposto pelo governo prevê, entre outras medidas, a obrigação de que as empresas nomeiem um escritório de ligação ou ponto de contato no país. Grupos de direitos humanos consideraram a proposta uma tentativa de restringir a liberdade de expressão e os direitos fundamentais.

Em 2023, o Nepal chegou a proibir o TikTok por supostamente perturbar “a harmonia social, a boa vontade e difundir materiais indecentes”. A restrição foi suspensa no ano passado, após a plataforma se comprometer a cumprir as leis locais, incluindo a proibição de sites pornográficos, aprovada em 2018.

(Com agências internacionais)

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