A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nesta terça-feira, 14, sobre a contaminação de lotes específicos de três medicamentos orais líquidos usados para aliviar sintomas de resfriado e tosse: COLDRIF, Respifresh TR e ReLife. Os fármacos foram identificados na Índia na quarta-feira, 8, e estão associados a surtos localizados de doenças agudas e mortes de crianças no país.
O uso dos medicamentos contaminados, segundo a OMS, é inseguro e pode causar danos graves ou morte, especialmente em crianças. Os efeitos incluem dor abdominal, vômitos, diarreia, dificuldade para urinar, dor de cabeça, confusão mental e lesão renal aguda.
Os remédios são fabricados pelas empresas Sresan Pharmaceutical, Rednex Pharmaceuticals e Shape Pharma. De acordo com a Organização Central de Controle de Padrões de Medicamentos (CDSCO) da Índia, as autoridades estaduais determinaram a suspensão imediata da produção nos locais de fabricação e revogaram as autorizações dos produtos. Além disso, foi iniciado o recolhimento dos medicamentos contaminados.
A CDSCO informou à OMS que nenhum dos medicamentos contaminados foi exportado legalmente e que, até o momento, não há evidências de exportação ilegal.
A OMS, no entanto, recomenda que as autoridades nacionais reguladoras (ANRs) reforcem a vigilância, com atenção especial às cadeias de fornecimento informais, onde esses produtos podem circular sem detecção.
As ANRs, segundo a organização, também devem avaliar os riscos de qualquer medicamento oral líquido proveniente dos mesmos locais de fabricação, especialmente aqueles que foram produzidos desde dezembro de 2024.
Orientações
A OMS orienta que profissionais de saúde comuniquem sempre que encontrarem produtos contaminados ou perceberem efeitos inesperados e falta de efeito dos medicamentos. Essas informações devem ser enviadas às autoridades nacionais reguladoras ou ao Centro Nacional de Farmacovigilância.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza o VigiMed para que cidadãos, profissionais de saúde e detentores de registro de medicamentos reportem suspeitas de eventos adversos relacionados a remédios e vacinas. O sistema pode ser acessado aqui.
A OMS também recomenda maior atenção às cadeias de distribuição, especialmente em regiões que possam ser afetadas, e cuidado extra com o mercado informal ou sem regulamentação.
As autoridades reguladoras nacionais, tanto de saúde quanto de segurança pública, devem notificar imediatamente a OMS caso os produtos sejam detectados no País.
Para o público, a OMS recomenda que os produtos não sejam utilizados. Em caso de ingestão ou apresentação de efeitos adversos, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente ou entrar em contato com um centro de controle de intoxicações.
No Brasil, os canais são:
- O Disque-Intoxicação da Anvisa, que pode ser acionado pelo número 0800 722 6001;
- O CIATox de cada região, que oferece orientação especializada e pode ser encontrado na lista disponível no site do Ministério da Saúde;
- O Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI), pelos telefones (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733, com atendimento disponível para qualquer região do País.
Além disso, a OMS reforça que todos os produtos médicos devem ser adquiridos apenas de fornecedores autorizados.
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