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Novo ataque russo à Ucrânia deixa quatro mortos pouco antes do encontro entre Trump e Zelensky

Entre os mortos estão uma criança e um adolescente de 15 anos
Agência Estado -
Trump acusa Zelenski de 'não querer a paz'
Trump e Zelenski (Foto: Reprodução, X)

Um novo ataque russo a cidades ucranianas durante a madrugada desta segunda-feira, 18, deixou quatro pessoas mortas e, pelo menos, outras 29 feridas. A nova investida aconteceu horas antes do encontro entre o presidente do país, Volodmir Zelensky, e o presidente americano, Donald Trump, para dialogar sobre o fim da guerra da na Ucrânia.

Os ataques aéreos foram direcionados às regiões de Sumi, Odessa e Kharkiv. Prédios residenciais foram atingidos. Entre os mortos estão uma criança e um adolescente de 15 anos.

“A Rússia continua matando civis deliberadamente”, denunciou Andriyi Yermak, chefe de gabinete da presidência da Ucrânia, em publicação no Telegram junto a imagens de um prédio em chamas em Kharkiv.

Zelensky já está nos Estados Unidos, onde se reunirá com Trump na manhã desta segunda-feira. Mas, mesmo antes de sua chegada, Trump já descartou a possibilidade da Ucrânia recuperar a região da península da Crimeia, ocupada pela Rússia, ou ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Zelensky visitará a Casa Branca na segunda-feira para uma reunião de alto risco, após o presidente Donald Trump ter apoiado o acordo de paz proposto pela Rússia, que exigiria que a Ucrânia cedesse grande parte de seu território.

Líderes europeus disseram no domingo (17) que se juntariam a Zelensky, em seu esforço para apresentar uma frente unida contra a Rússia.

Em uma reunião entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, na sexta-feira, 15, no Alasca, o líder americano cedeu à abordagem de Putin em relação à Ucrânia, dando-lhe carta-branca para continuar sua guerra invasiva sem maiores penalidades, enquanto se aguardam as negociações sobre um acordo de paz mais amplo.

O que aconteceu no Alasca?

Na reunião de sexta-feira em uma base militar americana no Alasca, Trump adotou a preferência de Putin por buscar um acordo de paz abrangente que exigiria que a Ucrânia cedesse território à Rússia.

Trump estendeu um tapete vermelho e aplaudiu Putin, que está sob sanções dos EUA e enfrenta um mandado de prisão internacional por acusações de crimes de guerra. Os dois riram e conversaram calorosamente.

Na reunião, Putin ofereceu um cessar-fogo com a Ucrânia com base nas atuais linhas de batalha e uma promessa por escrito de não atacar a Ucrânia ou qualquer país europeu novamente. Putin já quebrou promessas semelhantes antes.

Trump abandonou sua exigência de um cessar-fogo imediato em favor de um tratado de paz rápido que exigiria que a Ucrânia cedesse a região de Donbass à Rússia, mesmo as áreas não ocupadas por tropas russas.

Ignorar as negociações de cessar-fogo e ir direto para um acordo de paz tem sido uma exigência de Putin no longo esforço diplomático para encerrar a guerra na Ucrânia, que começou em 2022, quando a Rússia invadiu o país. Isso também permitiria que a Rússia partisse diretamente para as negociações sobre trocas de terras e outras demandas onerosas à Ucrânia.

Como a Ucrânia e a UE reagiram?

Em meio aos contratempos para a Ucrânia, autoridades em Kiev encontraram um vislumbre de esperança. Elas se agarraram a uma proposta dos EUA de incluir garantias de segurança para a Ucrânia, destinadas a impedir futuras agressões russas, em um potencial acordo de paz.

Trump transmitiu a proposta a Zelensky em uma ligação telefônica na manhã de sábado, 16, após a reunião. Ela convocaria os parceiros ocidentais de Kiev para garantir a defesa da Ucrânia contra novos ataques russos. Fundamentalmente, Trump indicou que os Estados Unidos estavam prontos para participar dessas garantias — uma mudança em relação à sua posição anterior de que a segurança da Ucrânia no pós-guerra deveria ser deixada exclusivamente para a .

O resultado das negociações foi recebido com frieza na Europa, onde líderes têm visto Trump repetidamente mudar de posição sobre a Ucrânia após conversar com Putin. Mas líderes ucranianos e europeus também acreditam que o pior não aconteceu. Trump não limitou a ajuda europeia a Kiev, nem concordou em entregar partes da Ucrânia à Rússia — pelo menos não ainda.

O resultado da reunião no Alasca revela um problema subjacente para a Ucrânia e os europeus. Os líderes europeus não têm uma estratégia própria para encerrar a guerra, muito menos para derrotar Moscou. Em vez disso, eles têm se apressado para acompanhar as posições variáveis de Trump, tentando mantê-lo dentro de certas linhas vermelhas que protegem a soberania ucraniana e a segurança europeia.

Para a Europa, o destino da Ucrânia é de importância estratégica.

O que acontece a seguir?

Líderes europeus disseram que se juntariam a Zelensky na Casa Branca durante o encontro com Trump, buscando evitar serem excluídos das negociações.

Os líderes que planejam acompanhar Zelensky incluem o chanceler alemão, Friedrich Merz; o presidente francês, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana; o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte; e Ursula von der Leyen, presidente do braço executivo da .

A visita de Zelensky será a primeira à Casa Branca desde que foi repreendido por Trump e pelo vice-presidente J.D. Vance no Salão Oval em março, em uma troca acalorada. Os líderes americanos acusaram Zelensky de não ser suficientemente grato pelo apoio dos EUA e tentaram forçá-lo a fechar um acordo de paz nos termos ditados pelos americanos.

Qual é o estado da guerra?

A Rússia iniciou as negociações de sexta-feira com os Estados Unidos a partir de uma posição de força no campo de batalha na Ucrânia. Isso pressionou as defesas ucranianas no leste, e autoridades ucranianas alertaram que Moscou concentrou forças e equipamentos para novas operações ofensivas.

Nos últimos dias, forças russas romperam uma seção das defesas ucranianas na região oriental de Donbass. Tropas russas avançaram cerca de 16 quilômetros, ameaçando flanquear as posições ucranianas.

O avanço russo teve um preço alto. Cerca de 230.000 soldados russos morreram desde o início da invasão, de acordo com estimativas baseadas em obituários coletados pelo veículo de notícias independente Mediazona e pela BBC News Russian. As perdas ucranianas são estimadas em menos da metade desse número.

Mas Moscou conseguiu reconstruir e até mesmo expandir suas forças combalidas, aproveitando uma população quatro vezes maior que a da Ucrânia. Kiev tem lutado para reabastecer seu exército por meio do recrutamento.

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