Neste sábado (29), um alto integrante do gabinete político do Hamas informou que o movimento islamista da Palestina aceitou nova proposta para cessar-fogo em Gaza, que foi apresentada pelos mediadores e solicitou que Israel possa aprovar a medida também.
“Há dois dias, recebemos uma proposta dos irmãos mediadores de Egito e Catar. Tratamos positivamente e a aprovamos. Esperamos que a ocupação [Israel] não a bloqueie. As armas da resistência são uma linha vermelha”, foram as palavras de Khalil al Hayya do Hamas.
Entre os principais objetivos deste cessar fogo, a trégua seria para evitar confrontos durante os feriados islâmicos e judaicos que acontecem nos próximos dias. A pausa englobaria o Eid al-Fitr — festividade muçulmana que marca o final do Ramadã, (hoje e amanhã (29 e 30), e a Páscoa judaica (que vai de 12 a 20 de abril).
Outro membro do gabinete político do Hamas, Basem Naim, informou ontem (28) que houve avanços nas conversas entre o movimento islamista e os mediadores, no momento em que Israel mantém uma intensa ofensiva em Gaza.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que recebeu proposta dos mediadores. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu realizou uma série de consultas ontem, após a proposta dos mediadores. E algumas horas atrás, Israel transmitiu aos mediadores uma contraproposta em coordenação total com os EUA.
Reportagem do Uol informa ainda que fontes palestinas, próximas ao Hamas, disseram à AFP que as conversas começaram na quinta-feira (27) entre o grupo palestino, Egito e Catar, com o objetivo de reativar o acordo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns.
Lembrando que, em 18 de março, Israel rompeu a trégua que deu uma esperança à população de Gaza por quase dois meses. Mas os bombardeios recomeçaram no território palestino.