No Peru, um erro na fabricação de soro fisiológico pela empresa Medifarma resultou em quatro mortes e 13 pessoas em estado crítico. O produto apresentou uma concentração de sódio muito acima dos níveis seguros para o organismo humano.
Os testes confirmaram que uma das vítimas tinha um nível de sódio no sangue de 200 mEq/l, o que ultrapassa o limite seguro de 165 mEq/L. Tais níveis podem provocar danos neurológicos severos e irreversíveis, levando à morte.
Entre os mortos estão um bebê de um ano e uma mulher de 46 anos, que receberam o soro contaminado em uma clínica particular na capital, Lima. Além, disso, uma jovem de 24 anos, em Cusco, também faleceu depois de um procedimento estético no qual foi utilizado o produto defeituoso.
A Medifarma admitiu a falha e pediu desculpas às famílias das vítimas. A empresa alegou deficiências nos seus protocolos de produção e controle de qualidade.
O Ministério da Saúde do Peru denunciou a empresa por crimes contra a saúde pública. Entretanto, as autoridades sanitárias também estão sob críticas pela demora na resposta ao problema. A primeira morte ocorre em fevereiro, mas o primeiro alerta sanitário só foi emitido quase um mês depois.
Inicialmente, estimava-se que o lote defeituoso continha 10 mil unidades, mas investigações subsequente revelaram que o número real era de 20 mil frascos. Muitos desses foram vendidos a clínicas e farmácias sem o devido rastreamento, o que dificultou o recolhimento do produto.
Até o momento, cerca de 4 mil unidades ainda não foram localizadas, o que acendeu alerta para novos riscos à população. A Direção-Geral de Medicamentos, Insumos e Drogas (Digemid), responsável pela fiscalização de produtos farmacêuticos Peru, foi alvo de críticas.
O episódio resultou em mudanças internas na instituição, com a demissão do então diretor, que foi substituído em meio a denúncias de conflitos de interesse na nova nomeação.
Para mitigar o impacto e evitar o desabastecimento, o governo peruano comprou 120 mil unidade de soro de outro fornecedor e aguarda doações internacionais para suprir a demanda. Paraguai já enviou cerca de 250 mil doses para o país.
O ministro da Saúde, César Vásques, está sob pressão popular para renunciar, mas rejeitou essa possibilidade. Em uma declaração polêmica, ele afirmou que “todos os dias pacientes morrem nos hospitais”.
*Informações Revista Oeste
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