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Mundo

Corregedoria investiga se exército de Israel ordenou disparos contra civis em Gaza

Autoridades israelenses negaram as acusações
Agência Estado -
Faixa de Gaza após ataque do Exército israelense no início de abril. (AFP)

O jornal israelense Haaretz publicou reportagem, nesta sexta-feira (27), segundo a qual comandantes do exército de vêm dando ordens às tropas para disparar contra civis palestinos em filas de distribuição de alimentos em Gaza, como forma de controle de multidões. A Advocacia-Geral Militar (espécie de corregedoria) abriu uma investigação sobre o tema.

Questionado pelo Estadão, o exército israelense negou o teor da reportagem. “Rejeitamos veementemente a acusação levantada no artigo — as Forças de Defesa de Israel não instruíram as tropas a atirar deliberadamente em civis, incluindo aqueles que se aproximavam dos centros de distribuição”, afirmou.

Militares ouvidos pelo Haaretz não identificados se referem aos locais de entrega de ajuda humanitária no sul de Gaza como “campos da morte” e dizem que a ordem para dispersar com tiros partia dos comandantes, mesmo quando não havia risco efetivo. A Advocacia-Geral Militar disse ao Estadão que atua por meio de um “mecanismo de checagem de fatos”, segundo o qual uma equipe de especialistas jurídicos e militares investigam as denúncias, colhendo relatos e outras evidências no local. Ela tem poder de prisão e pode instaurar procedimentos disciplinares, além de formular acusações em cortes marciais.

Mortes

Um dos militares ouvidos pelo jornal israelense disse que a ação em filas de alimentos “são uma violação do código de conduta do exército”. A brasileira Damaris Giuliana, que foi gerente de comunicação da ONG Médicos Sem Fronteiras nos territórios palestinos por três meses, até o dia 19, compara os pontos de distribuição de comida a uma “armadilha”.

“Se as pessoas chegam muito cedo aos pontos de distribuição de alimentos, os soldados atiram. Se elas chegam em cima da hora e tem por conta do desespero, atiram também. E se as pessoas permanecem na área depois do fim da distribuição, eles atiram da mesma forma”, afirmou ao Estadão.

As mortes em filas de distribuição de alimentos começaram no dia 27 de maio, quando Israel passou a restringir o trabalho de organizações como a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras, substituídas por uma empresa chamada Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada pelos EUA e contratada por Israel.

Desde que a GHF assumiu a distribuição, 19 episódios ocorreram na Faixa de Gaza, com 549 palestinos mortos na fila da comida, de acordo com dados da ONU. A entrega de ajuda é sempre caótica e frequentemente a multidão corre para pegar caixas de mantimentos.

Quando lançada, a empresa tinha como presidente um ex-militar americano. Ela recebeu na quinta-feira (26) uma autorização de aporte de US$ 30 milhões (cerca de R$ 164 milhões) do Departamento de Estado dos EUA.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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