O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, iniciou o seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta sexta-feira, 26. O líder israelense descreveu os progressos israelenses na luta contra o grupo terrorista Hamas e o Eixo da Resistência do Irã. Ele foi vaiado ao subir no púlpito e sofreu boicote por parte de algumas comissões, que se retiraram antes que o premiê começasse a falar.
Netanyahu relembrou as operações que causaram as explosões de pagers e walkie-talkies de membros da milícia xiita Hezbollah em setembro de 2024 e os ataques contra as instalações nucleares de Teerã. Ele agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu apoio e os bombardeios conjuntos contra o Irã.
O primeiro-ministro relembrou os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 e colocou um broche em seu paletó com um QR Code que mostra os vídeos de câmeras de segurança de Israel naquele dia.
Netanyahu disse que colocou alto-falantes perto da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza para conversar com os reféns israelenses que estão em Gaza. Em hebraico, o primeiro-ministro enviou uma mensagem direta para os sequestrados e disse que Israel não irá esquecê-los.
O líder israelense afirmou que suas palavras estavam sendo transmitidas ao vivo para os celulares dos moradores de Gaza, graças aos esforços da inteligência israelense e exigiu que o Hamas liberte os reféns. “Se o fizerem, viverão. Se não o fizerem, Israel os caçará”.
Netanyahu afirma que, se o Hamas concordar com as exigências de Tel-Aviv, incluindo a desmilitarização de Gaza, a guerra no território poderá terminar. O grupo terrorista rejeitou publicamente a exigência de Israel de desmilitarizar Gaza.
Pressão
O líder israelense está sob intensa pressão na arena internacional em meio ao reconhecimento de um Estado palestino por diversos países aliados como França, Reino Unido e Canadá.
Dezenas de diplomatas de diversos países se retiraram do local da Assembleia antes do discurso de Netanyahu começar.
“Eu direi a nossa verdade”, apontou o primeiro-ministro antes de deixar Israel na quinta-feira, 25. De acordo com Netanyahu, o reconhecimento de um Estado palestino seria uma afirmação de que os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 tinham avançado a causa palestina.
Membros do gabinete israelense pediram que Netanyahu respondesse ao reconhecimento com uma anexação total ou parcial da Cisjordânia, mas a medida colocaria Netanyahu em desacordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assegurou a líderes árabes em uma reunião na quinta-feira que não iria permitir a anexação do território.
Trump e Netanyahu devem se encontrar na Casa Branca na segunda-feira, 29. O republicano já ressaltou diversas vezes que deseja o fim da guerra na Faixa de Gaza, mas Netanyahu deu o aval para uma complexa operação para tomar o controle da Cidade de Gaza, a maior cidade do território palestino.
A operação enfrenta forte oposição interna, com manifestações rotineiras de milhares de israelenses que desejam um acordo de cessar-fogo. A guerra em Gaza já deixou mais de 68 mil mortos, de acordo com dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Cerca de 50 reféns israelenses seguem no território palestino, mas apenas 20 são considerados vivos.
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