O governo de Donald Trump vive sua primeira crise, com o anúncio da demissão de seu conselheiro de segurança nacional, Michael Waltz, bem como de seu vice, Alex Wong. A notícia foi divulgada pelas principais redes de televisão do país hoje, assim como por agências de notícia e meios próximos aos republicanos.
Oficialmente, a Casa Branca ainda não se pronunciou. Mas o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Hakeem Jeffries, disse à Fox News: “O Conselheiro de Segurança Nacional Waltz está fora. Ele é o primeiro. Certamente não será o último”, disse.
A queda de um dos aliados de Trump se soma a uma semana de notícias negativas para o governo, entre elas a retração da economia e a queda da confiança dos americanos na gestão do presidente republicano.
Waltz, que era um deputado, foi alvo de críticas depois de incluir um jornalista a um chat do grupo Signal, que discutia os planos de ataque do governo contra o Iêmen em março.
A revelação abriu um profundo mal-estar dentro do governo, enquanto Waltz confirmou que o incidente havia sido sua responsabilidade.
O vazamento dos planos levou os democratas a questionar a capacidade de o governo de lidar com informações confidenciais. Inicialmente, Trump insistiu em defender Waltz. “Michael Waltz aprendeu uma lição e é um bom homem”, disse o presidente à NBC News no final de março.
Nos bastidores, porém, a crise ganhou uma dimensão insustentável. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e outros membros do governo enfrentaram duras críticas após a revelação do vazamento.
A imprensa americana ainda apontou como Waltz criou cerca de 20 grupos de chat para discutir pelos canais extra oficiais situações críticas no mundo. A revelação deixou Trump irritado. O vice-presidente de Trump, JD Vance, chegou a sugerir que o conselheiro fosse demitido.
De acordo com a rede CBS, o presidente tinha hesitado em demitir Waltz “devido à percepção de que isso poderia ser visto como uma cedência à pressão externa”.
As revelações foram todas publicadas pela imprensa que é atacada por Trump por supostamente difundir notícias falsas sobre seu governo. De forma privada, Waltz confirmou que ele teria sido o responsável por incluir um jornalista num grupo que tratava de planos de guerra.