VÍDEO: jovem é resgatada após 10 anos em cativeiro em Gaza

Operação de resgate foi liderada pelos Estados Unidos, com apoio de autoridades do Iraque; libertação da jovem também envolveu Israel e Jordânia.

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(Reprodução/Youtube (@standwithus)

Uma jovem de 21 anos que ficou uma década em cativeiro em Gaza foi libertada esta semana. A iraquiana Fawzia Amin Sido foi sequestrada por militantes do grupo Estado Islâmico quando tinha apenas 11 anos.

Fawzia Amin Sido é de origem yazidi, uma minoria religiosa e étnica que vive no Iraque há mais de 6.000 anos. Em 2014, milhares de mulheres e crianças yazidis foram escravizadas pelo grupo radical no Iraque e na Síria.

A operação de resgate foi liderada pelos Estados Unidos, com apoio de autoridades do Iraque. Libertação da jovem também envolveu Israel e Jordânia.

Ela foi libertada após mais de quatro meses de esforços. Tentativas anteriores falharam devido à difícil situação de segurança resultante da ofensiva militar de Israel em Gaza, disse Silwan Sinjaree, chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores do Iraque, à Reuters.

As autoridades não forneceram detalhes sobre como Fawzia foi libertada. O diretor do departamento de diplomacia digital do Ministério das Relações Exteriores de Israel, David Saranga, postou no X que “Fawzia, uma menina yazidi sequestrada pelo ISIS no Iraque e trazida para Gaza com apenas 11 anos de idade, foi finalmente resgatada pelas forças de segurança israelenses.”

A jovem foi sequestrada de sua casa no Iraque aos 11 anos e traficada para Gaza. De acordo com David Saranga, o responsável pelo sequestro foi morto recentemente, permitindo que ela escapasse e buscasse repatriação.

Fawzia Amin Sido estava em boas condições físicas. Apesar disso, ela apresentava sinais de trauma pelo tempo que passou no cativeiro e pela situação humanitária em Gaza. A jovem já se encontra com a família, no norte do Iraque.

Mulheres yazidis foram vendidas como escravas sexuais

Mais de 6.000 yazidis foram capturados por militantes do Estado Islâmico na região de Sinjar, no Iraque, em 2014. Muitas mulheres foram vendidas como escravas sexuais. Os homens foram treinados como crianças-soldados e levados através das fronteiras, incluindo para a Turquia e a Síria. Ao longo dos anos, mais de 3.500 pessoas foram resgatadas ou libertadas, segundo as autoridades iraquianas, e cerca de 2.600 ainda estão desaparecidas. Por causa do tempo, especialistas acreditam que muitos estão mortos, mas ativistas yazidis dizem acreditar que centenas ainda estão vivos.

No mundo inteiro, os yazidis somam um milhão e meio. Um terço desta comunidade se encontra no Iraque. Outras comunidades estão estabelecidas na Turquia, na Geórgia e na Armênia, sem contar a diáspora no Ocidente, segundo o site do Vaticano. A Constituição iraquiana de 2005 reconheceu o direito desta comunidade de praticar seu culto e reservou a ela assentos na Assembleia Nacional e no Parlamento autônomo curdo.

Grupo foi rotulado como “infiel” pelo autodenominado Estado Islâmico. Vivendo em cantos remotos das montanhas do Curdistão, os yazidis, comunidade de língua curda, seguem uma religião, cujas origens remontam ao mazdeísmo, nascido no Irã há quase 4.000 anos, e ao culto de Mitra. Com o tempo, incorporaram elementos do Islã e do Cristianismo.

(Com informações do UOL)

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