Enquanto o Oriente Médio se recupera do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, líderes mundiais começaram a opinar sobre o tema – com alguns condenando o assassinato e expressando preocupação de que isso poderia agravar o conflito regional.

O Hamas emitiu uma declaração logo após dizer que Haniyeh foi morto junto com seu guarda-costas em um “ataque sionista” em sua residência em Teerã depois que ele participou da posse do novo presidente iraniano.

Os Guardas Revolucionários do Irã informaram horas depois que Haniyeh foi assassinado por volta das 2h da manhã (horário local) desta quarta-feira, informou a mídia iraniana, acrescentando que ele estava hospedado em “uma residência especial para veteranos de guerra no norte de Teerã”.

Líderes palestinos

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o assassinato, assim como o primeiro-ministro, Mohammad Mustafa. O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, Hussein Al-Sheikh, também o denunciou.

Irã

Vingar o assassinato do líder do Hamas é “dever de Teerã” porque ocorreu na capital iraniana, disse o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, nesta quarta-feira (31). Ele disse que Israel havia criado motivos para uma “punição severa” para si mesmo.

Estados Unidos

A Casa Branca viu os relatos do assassinato de Haniyeh, disse um porta-voz, mas se recusou a comentar imediatamente. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que não acha que a guerra no Oriente Médio seja inevitável, mas se Israel fosse atacado, os EUA ajudariam a defendê-lo.

Catar

O Catar, que hospeda o escritório político do Hamas que Haniyeh liderou, chamou o assassinato de Haniyeh de um “crime hediondo” e uma “escalada perigosa”.

China

Pequim “se opõe firmemente e condena o assassinato” de Haniyeh, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, acrescentando que “Gaza deve alcançar um cessar-fogo abrangente e permanente o mais rápido possível para evitar uma maior escalada de conflitos e confrontos”.

Turquia

O presidente Recep Tayyip Erdogan condenou fortemente o assassinato, que ele chamou de “assassinato traiçoeiro” e “ato desprezível”.

Ele pareceu culpar Israel em uma declaração na qual disse que “a barbárie sionista não será capaz de atingir seus objetivos agora, como falhou antes”. O presidente acrescentou que a Turquia continuará a apoiar o povo palestino.

Rússia

O vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, chamou o assassinato de Haniyeh de “um assassinato político absolutamente inaceitável”, enquanto o Ministério das Relações Exteriores alertou sobre “consequências perigosas para toda a região”, pedindo aos atores estatais que “exerçam contenção”.

Houthis

Mohamed Ali al-Houthi, do grupo militante apoiado pelo Irã no Iêmen, chamou o assassinato de “violação flagrante de leis e valores ideais”.

Hezbollah

O grupo militante libanês apoiado pelo Irã disse que compartilha “sentimentos de dor” e estende suas “mais profundas condolências” ao Hamas pelo assassinato de Haniyeh, que eles descreveram como “um dos grandes líderes da resistência da nossa era atual”.

Jordânia

A Jordânia acusou Israel do assassinato de Haniyeh. O ministro das Relações Exteriores de Israel descreveu o assassinato como um crime hediondo e violação do direito internacional.