O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quebrou o silêncio e se pronunciou após a queda de um avião que transportava o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozohin.

Em discurso transmitido pelas TVs do país, Putin enviou condolências a família do líder do grupo de mercenários. Essa foi a primeira confirmação oficial da morte de Prigozhin. Ele também confirmou que vai investigar as causas do acidente.

“(Prigozhin) era uma pessoa com um destino complicado, e cometeu erros graves na vida, mas também procurou alcançar os resultados necessários – tanto para si como no momento em que lhe pedi, pela causa comum, como nestes últimos meses”, declarou o presidente russo.

Putin não mencionou o rompimento recente entre os dois e chamou Prigozhin de um ‘empresário talentoso’.

Os dois romperam aliança após o mercenário liderar uma rebelião contra o governo russo.

Morte do líder do grupo Wagner

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário russo Wagner Group, estava a bordo do avião que caiu ao norte de Moscou na quarta-feira, 23, de acordo com a agência de aviação civil da Rússia.

O órgão publicou uma lista de sete passageiros e três tripulantes que, segundo ela, estavam a bordo do avião “de acordo com a companhia aérea”. Todos morreram. O avião particular caiu a caminho de Moscou para São Petersburgo, cerca de 100 quilômetros (60 milhas) ao norte da capital russa.

Há exatamente dois meses, Prigozhin liderou um breve motim contra o exército russo que o presidente Vladimir Putin descreveu como uma “traição” e uma “facada nas costas”. O presidente russo jurou vingança.

Mas as acusações contra Prigozhin foram retiradas em pouco tempo e o chefe de Wagner foi autorizado a retirar-se para a Belarus, embora alegadamente regressasse à Rússia de vez em quando.