Pular para o conteúdo
Mundo

Polícia da Índia revista casas e escritórios de jornalistas ‘patrocinados pela China’

A polícia da Índia invadiu nesta terça-feira (3), os escritórios de um site de notícias supostamente financiado pela China, e a casa de vários de seus jornalistas. A ação foi descrita por diversos críticos como um ataque a um dos poucos jornais independentes do país. As incursões ocorrem meses depois que as autoridades indianas revistaram … Continued
Agência Estado -
Bandeira da Índia em Nova Delhi.
Foto ilustrativa (Reprodução, Pixabay)

A polícia da Índia invadiu nesta terça-feira (3), os escritórios de um site de supostamente financiado pela , e a casa de vários de seus jornalistas. A ação foi descrita por diversos críticos como um ataque a um dos poucos jornais independentes do país.

As incursões ocorrem meses depois que as autoridades indianas revistaram os escritórios da BBC em Nova Délhi e Mumbai por acusações de evasão fiscal em fevereiro.

A NewsClick, fundada em 2009, é conhecida como um veículo de notícias indiano disposto a criticar o primeiro-ministro Narendra Modi, o que é raro no país. Várias outras organizações midiáticas foram investigadas por impropriedade financeira sob o governo de Modi. Enquanto isso, monitores internacionais alertam que a liberdade de imprensa diminui gradualmente na Índia.

As autoridades indianas registraram um caso contra o site e seus jornalistas no dia 17 de agosto, semanas depois que uma reportagem do New York alegou que o site havia recebido fundos de um milionário americano que, segundo o NYT, financiou a disseminação de “propaganda chinesa”. A NewsClick negou as acusações.

O caso foi iniciado sob uma ampla lei antiterrorismo que permite acusações por “atividades antinacionais” e foi usado contra ativistas, jornalistas e críticos de Modi, alguns dos quais passaram anos na prisão antes de ir a julgamento. Duas pessoas, incluindo o editor-chefe da NewsClick, foram detidas durante as buscas, e a polícia levou caixas de documentos.

Outros dois jornalistas afirmaram que seus dispositivos eletrônicos foram apreendidos pela polícia. “A polícia de Délhi desembarcou na minha casa. Tirando meu laptop e telefone”, escreveu o jornalista Abhisar Sharma no X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter.

A polícia de Délhi não comentou o caso, mas o ministro-adjunto de Informação e Radiodifusão da Índia, Anurag Thakur, disse que “se alguém cometeu algo errado, as agências de busca são livres para realizar investigações contra eles”. Em agosto, Thakur acusou a NewsClick de espalhar uma “agenda anti-Índia”, citando o New York Times, e de trabalhar com o partido de oposição Congresso Nacional Indiano. Tanto o NewsClick quanto o partido do Congresso negaram as acusações.

A organização Repórteres Sem Fronteiras, um grupo de defesa de jornalistas, classificou o país em 161º lugar em seu ranking de liberdade de imprensa este ano, escrevendo que a situação no país se deteriorou de “problemática” para “muito ruim”.

O Clube de Imprensa (CII) da Índia disse estar “profundamente preocupado com as múltiplas incursões realizadas nas casas de jornalistas e escritores associados ao NewsClick”. “O CII se solidariza com os jornalistas e exige que o governo saia com detalhes”, escreveu em nota no X.

Os laços entre Índia e China estremeceram em 2020, quando confrontos entre militares em uma área de fronteira disputada por ambos países mataram pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses. Desde então, Nova Délhi baniu muitos aplicativos de propriedade chinesa, incluindo o TikTok, e lançou investigações fiscais sobre algumas empresas chinesas de telefonia móvel.

A gestão Modi também introduziu regras que exigem aprovação do governo para investimentos de empresas da China e de outros países vizinhos da Índia. Fonte: Associated Press.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

‘Não servem para serem doados’, diz delegado sobre os 1,6 mil tênis apreendidos em Campo Grande

Polícia pede interdição judicial de bar conceituado no Jardim dos Estados em Campo Grande

Calderano vence de novo e vai às quartas do Mundial de Tênis de Mesa

Empresária morta por PM em clínica levou três tiros e 51 facadas

Notícias mais lidas agora

Ministério investiga caso de gripe aviária em Mato Grosso do Sul

ccr km perigoso

Motiva vence leilão, reduz duplicações e CCR segue com concessão bilionária da BR-163 em MS

Alvo de operação da PF por desvios na merenda durante gestão Reinaldo é citado em fraude milionária no RJ

André Salineiro em discurso na Câmara Municipal

Salineiro critica falta de transparência do PL em MS: ‘estamos isolados a nível nacional’

Últimas Notícias

Cotidiano

Com morte de idosa de Anastácio, Mato Grosso do Sul soma 34 óbitos por Covid-19

Em MS, 2.627 casos de Covid-19 foram confirmados em 2025

Política

Em meio a situação de emergência, prefeita vai a SP em busca de soluções para saúde

Campo Grande está há quase um mês em situação de emergência na saúde

MidiaMAIS

Doe cobertor e ganhe lanche: Festival do Hambúrguer lança campanha solidária em Campo Grande

Cobertores serão doados ao FAC (Fundo de Apoio às Comunidades)

Cotidiano

Você viu a Melissa? família oferece recompensa de R$ 500 para quem encontrar Shih Tzu

Cadelinha que veio para "suprir falta de irmão" desapareceu no Bairro Universitário, em Campo Grande